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“É necessária muita diplomacia e menos bravatas”, diz professor sobre tarifação dos EUA
Publicado 23/07/2025 • 11:30 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 23/07/2025 • 11:30 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
O anúncio da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros causou uma oscilação nos valores do frete marítimo e provocou incertezas no comércio exterior. O impacto imediato foi o aumento de até 30% nos custos de envio, com exportadores antecipando embarques para evitar a cobrança.
“É necessária muita diplomacia e menos bravatas”, afirmou Michael Roubicek, professor de Gestão Financeira da Fundação Vanzolini, em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, ao comentar a possibilidade de retaliação brasileira. Para ele, reagir com medidas precipitadas pode ser contraproducente diante da disparidade de poder entre os dois países.
Roubicek explicou que o valor médio de envio de um contêiner para os Estados Unidos, que girava entre US$ 3 mil e US$ 4 mil, subiu para cerca de US$ 5 mil logo após o anúncio da tarifa. Com a proximidade da vigência da nova alíquota, marcada para 1º de agosto, os preços já retornaram ao patamar anterior. “A tendência talvez seja até de uma queda no futuro, porque a demanda certamente vai cair.”
Segundo ele, o prazo médio de transporte marítimo do Porto de Santos até a costa leste dos EUA é de 7 a 10 dias. Para mercadorias perecíveis, esse intervalo já inviabiliza novos embarques. “A exportação está totalmente paralisada à espera de um possível adiamento ou alguma negociação que esteja acontecendo”, afirmou.
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A redução no volume de exportações tende a gerar realocação das rotas marítimas. “Essas empresas que operam os grandes navios são praticamente todas multinacionais. Vão realocar os navios para outras rotas, porque o impacto vai ser brutal para alguns setores”, disse o professor.
Entre os produtos mais afetados, Roubicek citou aço, laranja e aviões. Todos dependem do transporte marítimo e enfrentam agora barreiras logísticas e comerciais para manter os envios aos EUA.
A eventual resposta brasileira com uma tarifa semelhante poderia ter efeitos adversos, avalia o professor. “Retalhar também significa que os produtos importados dos Estados Unidos vão ser mais caros para o consumidor e para os produtores brasileiros.” Ele ressalta que os EUA possuem superávit na balança comercial com o Brasil, e que uma reação desproporcional poderia gerar prejuízos adicionais.
Segundo Roubicek, o tarifário americano parece estar relacionado a fatores políticos internos. Ele mencionou que o contexto envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, e que medidas unilaterais do Brasil podem trazer riscos diplomáticos. “Os Estados Unidos têm ferramentas muito mais eficazes do que o Brasil tem para retalhar.”
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