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Cartão na mesa de Trump mostra valores de acordo com o Japão alterados à mão
Publicado 23/07/2025 • 18:10 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 23/07/2025 • 18:10 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Um cartão sobre a mesa de Donald Trump pode ter mostrado ao vivo, nesta terça-feira (22), a já conhecida “arte do acordo” do presidente norte-americano.
Trump anunciou em sua rede Truth Social o que chamou de um “acordo comercial gigantesco” com o Japão, prevendo tarifas “recíprocas” de 15% sobre as exportações japonesas para o mercado norte-americano e investimentos de US$ 550 bilhões (cerca de R$ 2,98 trilhões, na cotação atual).
Porém, uma foto divulgada pelo vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Dan Scavino, mostra o que podem ser mudanças de última hora no fechamento desse acordo.
Na imagem, é possível ver um cartão sobre a mesa de Trump que sugere uma tarifa extra de 10% para os setores automotivo, farmacêutico e de semicondutores, o que não tinha sido anunciado pelo presidente.
“O Japão vai pagar tarifas recíprocas de 15% aos Estados Unidos”, escreveu Trump na nota na rede social.
Logo abaixo da taxa de tarifa de 10% aparece em destaque no cartão um número, “$400B” (US$ 400 bilhões). O número quatro foi riscado e, acima dele, foi escrito “500” à mão.
Leia mais:
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Isso parece se referir ao plano do Japão de investir nos EUA, como Trump explicou em sua postagem. No entanto, o presidente anunciou um valor diferente até mesmo desse valor alterado, dizendo que o país asiático investiria US$ 550 bilhões (R$ 2,98 trilhões) nos Estados Unidos.
Não está claro de onde vieram os US$ 50 bilhões (R$ 271 bilhões) a mais.
“O Japão vai investir, sob minha orientação, US$ 550 bilhões (R$ 2,98 trilhões) nos Estados Unidos, que vão ficar com 90% dos lucros”, escreveu Trump no post. “Esse acordo vai criar centenas de milhares de empregos — nunca houve nada igual”.
A Casa Branca não respondeu ao pedido de esclarecimento da CNBC sobre a taxa de tarifa ou o valor total do investimento. Não se sabe se a diferença no cartão é resultado de negociações de última hora feitas por Trump, erros de digitação ou qualquer outro motivo. Também não ficou claro quem alterou o número de US$ 400 bilhões.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, chegou a dizer em entrevista à Bloomberg na manhã desta quarta-feira (23) que foi o responsável pelo cartão, mas não comentou diretamente as mudanças ou divergências.
“Eu criei o quadro e coloquei lá”, disse Lutnick. “Mas a resposta é: o principal negociador dos Estados Unidos está sentado atrás da mesa. Donald Trump está lá negociando o acordo”.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou também em entrevista à Bloomberg na manhã de quarta-feira (23) que o Japão conseguiu a taxa de 15% sobre automóveis — mesmo com montadoras de outros países enfrentando tarifas maiores — porque ofereceu garantias de crédito e financiamento para grandes projetos nos EUA.
Ele respondeu assim à pergunta se outros parceiros agora poderiam esperar um piso de 15% nas tarifas em futuras negociações.
“É um tipo diferente de acordo”, disse Bessent.
“Eles conseguiram a tarifa de 15% porque aceitaram oferecer esse mecanismo inovador de financiamento.”
O mercado financeiro ficou um pouco perdido diante dos termos do acordo.
Andy Laperriere, chefe de pesquisa de políticas dos EUA na Piper Sandler, disse que as autoridades japonesas têm uma explicação diferente sobre o plano de investimentos. Segundo ele, os líderes do Japão consideram os US$ 550 bilhões (cerca de R$ 2,98 trilhões) como um teto e incluem garantias de empréstimos do governo.
“Ainda mais levando em conta que os japoneses sentem que foram pressionados a assumir esse compromisso, é quase certo que eles vão empurrar com a barriga qualquer investimento que não considerem interessante para sua própria economia”, escreveu Laperriere a clientes em um relatório divulgado na quarta-feira.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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