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Análise Exclusiva Marcelo Favalli

Risco de guerra termonuclear diante de ameaças de Trump?

Publicado 01/08/2025 • 23:00 | Atualizado há 18 horas

Redação Times Brasil

Foto de Marcelo Favalli

Marcelo Favalli

Marcelo Favalli além de jornalista é Mestre em Relações Internacionais pela PUC e professor nos cursos de pós-graduação de Política Contemporânea, da FAAP e do MBA em Comunicação e Política da USP. Dos 27 anos de profissão, na imprensa, dedicou 18 deles à cobertura estrangeira. Foi correspondente na América Latina e no Estados Unidos.

KEY POINTS

  • Um novo sinal de tensão militar entre Estados Unidos e Rússia acendeu o alerta para o risco de uma escalada nuclear.
  • Em declaração nesta sexta-feira (1º), o presidente americano Donald Trump ordenou o deslocamento de submarinos nucleares em direção ao território russo.

Um novo sinal de tensão militar entre Estados Unidos e Rússia acendeu o alerta para o risco de uma escalada nuclear. Em declaração nesta sexta-feira (1º), o presidente americano Donald Trump ordenou o deslocamento de submarinos nucleares em direção ao território russo. A fala é interpretada por especialistas como um movimento simbólico de dissuasão — mas com potencial de impacto real em um cenário global já pressionado por conflitos e tensões diplomáticas.

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A análise aponta que Trump pode estar se referindo aos submarinos da classe Ohio, considerados uma das plataformas de guerra mais letais da Marinha dos EUA. Movidos por propulsão nuclear, esses submarinos operam sem necessidade de reabastecimento e são capazes de permanecer submersos por tempo indefinido, com exceção do abastecimento humano da tripulação. Entre os principais armamentos estão os mísseis Tomahawk, com alcance de até 2.400 km, e torpedos de 300 kg cada — além da capacidade de lançamento de ogivas nucleares diretamente debaixo d'água, sem necessidade de emergir.

Rota estratégica e vulnerabilidade russa

A suposta movimentação de submarinos pode ocorrer pela chamada Passagem do Noroeste, rota marítima no Ártico que conecta diretamente o litoral norte dos Estados Unidos à costa russa — uma via facilitada pela capacidade dos submarinos de operar sob o gelo polar. A presença de bases militares russas em regiões como Murmansk e no Ártico amplia a sensibilidade estratégica da região. A frota americana inclui embarcações com capacidade de operar nesses trechos, com deslocamentos que podem levar poucos dias.

Capacidade nuclear e ameaça mútua

De acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), os Estados Unidos detêm aproximadamente 5.244 ogivas nucleares, enquanto a Rússia possui cerca de 6.000. Em um cenário de ataque, qualquer disparo por parte de um dos países provavelmente resultaria em uma resposta imediata, com consequências devastadoras. Analistas apontam que, embora parte da retórica de Trump possa ter fins eleitorais, a menção direta a armamentos estratégicos eleva o nível de alerta global.

Tensão em ritmo de campanha

Trump tem utilizado discursos de força e soberania nacional como eixo central de sua campanha. O uso de linguagem bélica e a menção a movimentações militares coincidem com um ambiente internacional marcado por disputas comerciais, conflitos regionais e incertezas geopolíticas. Em 2024, o ex-presidente já havia levantado suspeitas sobre o uso de sanções unilaterais e medidas comerciais como instrumentos de política externa.

Embora ainda não haja confirmação de ações práticas do Pentágono neste sentido, a fala de Trump já repercute entre governos aliados e organismos internacionais. A escalada de declarações militares em meio ao processo eleitoral americano remete a episódios históricos da Guerra Fria, quando os riscos de confronto nuclear estavam no centro do debate geopolítico.

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