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Tarifaço ameaça tirar US$ 80 bi do PIB e cortar 2 milhões de empregos, diz setor de abastecimento
Publicado 08/08/2025 • 13:45 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 08/08/2025 • 13:45 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Prateleiras de um supermercado
Valter Campanato/Agência Brasil
O chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros pode ter um impacto devastador sobre a economia nacional. Segundo estudo do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, as medidas podem reduzir o PIB do Brasil em até US$ 80 bilhões em um único ano, além de comprometer até 2 milhões de empregos diretos e indiretos. Diante do cenário, o setor apresentou ao governo federal um plano emergencial para evitar as perdas e reequilibrar o mercado interno.
Os setores mais atingidos seriam os de café, carnes, frutas, legumes e verduras, produtos com forte presença nas exportações para os EUA. “Essa cadeia vai do campo até a mesa do consumidor”, afirmou Márcio Milan, vice-presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em entrevista ao programa Real Time. Segundo ele, a maior preocupação é com o risco de sobras expressivas de alimentos no mercado interno, caso esses embarques sejam bloqueados ou reduzidos.
Para conter os efeitos, o Fórum propõe uma série de medidas de curto e médio prazo. A primeira é a antecipação da vigência da Cesta Básica Nacional de Alimentos (CBNA), que já está prevista na reforma tributária, mas ainda não entrou em vigor. A ideia é acelerar a implementação da nova política fiscal sobre alimentos essenciais, com efeitos imediatos para o consumo.
Outro eixo do plano é estimular o consumo interno dos produtos afetados, especialmente em cadeias que já têm estrutura produtiva consolidada. Milan citou o exemplo da carne suína: após embargo russo em 2006, o Brasil promoveu campanhas que elevaram o consumo per capita de 12 para 20 quilos por ano, um crescimento de 150% em menos de duas décadas. A ideia agora é repetir essa estratégia com itens como mel, café e peixes, cujas exportações estão em risco.
A proposta também inclui medidas para destravar o mercado formal de trabalho, com foco em simplificação e desoneração para quem contrata e empreende. De acordo com o estudo, o estímulo ao consumo e à produção nacional pode gerar até 1,7 milhão de empregos adicionais na cadeia de abastecimento.
Nos supermercados, a queda nos preços de alimentos ainda não foi observada, mas o setor já se prepara para esse movimento. Segundo Milan, a cadeia da aquicultura foi a primeira a se antecipar e buscar parceria com o varejo para estimular o consumo de pescados, aproveitando o provável redirecionamento da produção destinada às exportações.
“O tarifaço é grave, mas não é o fim da linha”, afirmou o executivo. Para ele, a solução passa por uma resposta coordenada entre o setor produtivo, o governo federal, estados e municípios, com medidas ágeis, integradas e voltadas à preservação do abastecimento, do emprego e da renda.
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