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Indústria deve ser tratada como “projeto nacional”, afirma CEO da Tupy
Publicado 18/08/2025 • 11:55 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/08/2025 • 11:55 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O painel “Fazendo negócios em um Brasil em transformação” reuniu nesta segunda-feira (18) executivos e representantes de instituições multilaterais para discutir os rumos da economia brasileira até 2030. A mesa contou com a participação de Rafael Lucchesi, CEO da Tupy, André Passos, presidente da Abiquim, e Annette Killmer, representante no Brasil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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O debate ocorreu durante o evento organizado pelo Times | CNBC e o Financial Times, em São Paulo.
Rafael Luchesi defendeu que a indústria brasileira seja tratada como prioridade estratégica, com um plano nacional capaz de integrar cadeias produtivas.
“Temos que pensar no interesse nacional, em data centers, mobilidade verde, química e aço sustentáveis, combustível de aviação e marítimo sustentável. Essa é uma agenda que precisa ser um projeto de país, porque estamos perdendo espaço para China e Vietnã justamente por não priorizarmos isso”, disse.
Ele também comparou o peso da indústria e do agronegócio na economia nacional.
“O agro representa 7% do PIB e paga 0,7% dos tributos. A indústria responde por 22% do PIB e 34% dos impostos. Mesmo assim, ainda dizem que a indústria não é competitiva. Ela é competitiva apesar disso, e precisamos de uma agenda institucional que explore nossas vantagens.”
O executivo da Tupy lembrou que o Brasil já teve uma posição de destaque global no setor industrial.
“O Brasil tinha uma indústria maior que a da China e Coreia do Sul juntas em 1980. Hoje, a indústria chinesa é 25 vezes maior que a brasileira e supera a dos EUA e da União Europeia somadas. Não existe país que tenha crescido sem dar importância à indústria”, afirmou.
Na pauta ambiental, destacou contradições e oportunidades de inovação:
“Gastamos quatro litros de diesel para movimentar máquinas agrícolas que produzem etanol no Mato Grosso. É uma contradição. A Tupy já está trabalhando em motores que operem com etanol, e esse é um caminho de transição sustentável.”
Annette Killmer, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destacou o papel de instituições multilaterais no fomento à indústria e à inovação.
“O BID tem US$ 14 bilhões no portfólio para apoiar sustentabilidade e inovação. O mais importante é o ‘capital paciente’, que permite financiamentos de longo prazo, em 20 ou 30 anos”, disse.
Ela citou ainda programas em parceria com o governo brasileiro, como o Portal Único de Investimentos, que reduziu prazos de processos de meses para dias. “Isso significa menos burocracia, economia de recursos e mais competitividade para o Brasil”, completou.
O painel também abordou a necessidade de avanços regulatórios para estimular novos investimentos.
“Há muita incerteza quando o retorno do investimento só acontece em décadas. Para isso, existem instituições como BID e BNDES, mas também precisamos de um marco legal estável que permita captar recursos no mercado de capitais. Só assim conseguiremos impulsionar novos vetores econômicos”, afirmou Luchesi.
O debate integrou a programação do Brasil 2030: Uma Nação de Oportunidades e do FT Climate & Impact Summit Latin America, eventos realizados em conjunto pelo Times | CNBC e pelo Financial Times.
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