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Brasileiros entendem pouco do ‘tarifaço’ dos EUA e temem impactos na economia, mostra pesquisa
Publicado 25/08/2025 • 12:20 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 25/08/2025 • 12:20 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Os brasileiros têm pouco conhecimento sobre o aumento de tarifas aplicado pelos Estados Unidos a produtos do país, o chamado ‘tarifaço’, mas demonstram preocupação com seus efeitos sobre o consumo e a economia nacional, aponta levantamento do Centro de Estudos Aplicados de Marketing da ESPM (CEAM).
A pesquisa, realizada com participantes de todas as regiões do Brasil, indica que 41% dos entrevistados afirmam não entender bem o que é o tarifaço, enquanto apenas 19% dizem ter conhecimento claro sobre o tema. Além disso, 45% se declaram com pouco ou nenhum conhecimento sobre política, o que pode dificultar a percepção do impacto dessas medidas.
Apesar do entendimento restrito, prevalece a percepção de consequências negativas. O estudo mostra que mais da metade dos brasileiros (51,3%) acredita que a medida afetará diretamente o país, e 42,8% enxergam impacto em sua rotina.
Sobre os efeitos gerais, 68% preveem prejuízos à economia, e 41% consideram que o impacto sobre a vida dos brasileiros será mais negativo do que positivo. Apenas 18,5% percebem algum benefício potencial.
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O levantamento aponta ainda que 54% dos consumidores esperam aumento de preços, especialmente em alimentos (30%), combustíveis e energia (45%) e produtos importados em geral (27%). Como consequência, 60% afirmam que pretendem reduzir gastos e dar preferência a produtos nacionais.
Para Evandro Luiz Lopes, diretor acadêmico de Pesquisa e Pós Stricto da ESPM, isso pode estimular um comportamento etnocentrista no consumo. “As pessoas tendem a comprar mais do que é daqui quando se sentem prejudicadas lá fora. É um jeito de proteger o que é nosso e reagir consumindo produtos nacionais”, disse.
De acordo com a pesquisa, 57% dos participantes devem priorizar produtos brasileiros, enquanto 53,9% dizem que a medida dos EUA não altera sua percepção sobre produtos americanos.
O impacto negativo é percebido especialmente em setores estratégicos: 73% apontam o agronegócio, 68% a indústria e 53,9% o comércio, este último menos exposto por depender menos do mercado externo.
No campo político, 53,5% defendem que o Brasil adote medidas em resposta ao tarifaço, embora a preferência seja por soluções negociadas (21%) em vez de retaliações diretas, como tarifas equivalentes (15%). A confiança nas instituições brasileiras é limitada: 48% dos entrevistados não confiam no Governo Federal e 49% no STF. Ao todo, 41% avaliam negativamente a atuação das instituições, frente a 31% que têm visão positiva.
O estudo também aponta potencial crescimento do sentimento antiamericano. Para 63% dos entrevistados, a medida dos EUA tende a prejudicar a imagem do país no Brasil, enquanto apenas 9% acreditam que a percepção seguirá inalterada.
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