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Linha de crédito do governo vem em ‘ótima hora’ e pode estimular investimentos, diz presidente da Abimaq

Publicado 25/08/2025 • 19:21 | Atualizado há 4 horas

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KEY POINTS

  • O governo anunciou uma nova linha de crédito de R$ 12 bilhões, com juros reduzidos, para modernizar máquinas e equipamentos da indústria brasileira.
  • Em entrevista exclusiva ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, o presidente executivo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), José Velloso, avaliou positivamente a medida.
  • Apesar do alívio, Velloso ressalta que a medida tem efeito limitado diante do impacto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unido.

O governo anunciou nesta segunda-feira (25) uma nova linha de crédito de R$ 12 bilhões, com juros reduzidos, para modernizar máquinas e equipamentos da indústria brasileira. Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o presidente executivo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), José Velloso, avaliou positivamente a medida.

“É um programa robusto, porque além das linhas normais do BNDES, temos agora essa voltada para inovação 4.0. Quando a taxa parte de 7,5% a 8%, mesmo com o spread bancário chegando a 11% ou 12%, já é uma grande melhora frente ao mercado, onde os juros estão em torno de 21% a 22%”, afirmou. Para ele, a medida chega em “ótima hora” e pode estimular o investimento em um momento crítico para o setor.

Apesar do alívio, Velloso ressalta que a medida tem efeito limitado diante do impacto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos: “As máquinas que nós mais exportamos são as rodoviárias, da linha amarela, além de motores e geradores. Esses produtos estão dentro de projetos de clientes americanos e adaptados a normas técnicas específicas, o que torna muito difícil desviar as exportações para outros mercados no curto prazo”.

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Questionado sobre os concorrentes, José Velloso destacou a força dos próprios americanos e de países vizinhos. “O principal concorrente nosso são os próprios EUA. O México, por estar muito integrado à cadeia produtiva deles, é um rival forte. Também temos o Canadá, pelo acordo comercial, e o Reino Unido, que usa normas parecidas. Esses três são hoje os maiores competidores”, disse.

Para o especialista, a busca por novos clientes é inevitável, mas complexa. “Para adaptar uma máquina a outro mercado, podemos levar de seis meses a um ano. E não basta atender à especificação técnica: precisamos ter assistência técnica, pontos de distribuição e ganhar a confiança do cliente. Isso significa investir em fábrica, logística e estoque”.

Ele também afirmou que o risco de empregos preocupa. “Estamos falando em torno de 80 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, que correm risco se perdermos as exportações. No curto prazo, exportadores e importadores vão tentar absorver o custo do imposto, mas se essa tarifa se mantiver, no médio e longo prazo ninguém aguenta”.

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