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OpenAI anuncia melhorias no ChatGPT para prevenir riscos de suicídio após ação judicial

Publicado 26/08/2025 • 23:39 | Atualizado há 9 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A OpenAI afirmou que vai implementar mudanças ao ChatGPT, para que o chatbot possa lidar melhor com "situações mais sensíveis", incluindo usuários que expressem "intenções suicidas".
  • Nesta terça-feira (26), os pais do jovem Adam Raine moveram um processo contra a OpenAI após seu filho tirar a própria vida aos 16 anos.
  • "Vamos continuar nos aprimorando, com o auxílio de especialistas e fundamentados na responsabilidade para com as pessoas que usam nossas soluções", disse a OpenAI em seu site oficial.
ChatGPT.

Pixabay

ChatGPT.

Em meio a discussões sobre segurança em inteligência artificial, a OpenAI anunciou nesta terça-feira (26) novas medidas para aprimorar o ChatGPT em situações delicadas, como quando usuários demonstram intenção suicida. O anúncio ocorre após uma ação judicial movida pelos pais de Adam Raine, adolescente de 16 anos que morreu por suicídio, responsabilizando o chatbot pelo episódio.

Em comunicado publicado em seu blog, a OpenAI reafirmou o compromisso com melhorias contínuas. “Seguiremos aprimorando, guiados por especialistas e fundamentados na responsabilidade com as pessoas que utilizam nossas ferramentas”, afirmou a empresa, acrescentando esperar que outras organizações também colaborem na proteção de usuários em momentos de vulnerabilidade.

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Limitações reconhecidas e respostas da OpenAI

De acordo com reportagem da NBC News, a família Raine alegou no processo que o ChatGPT “ativamente ajudou Adam a explorar métodos de suicídio”. Apesar disso, a OpenAI não mencionou o caso nem a ação judicial em sua nota pública.

A empresa, no entanto, reconheceu limitações do sistema: embora o ChatGPT seja treinado para estimular a busca por ajuda, pode acabar oferecendo respostas inadequadas em interações prolongadas, em desacordo com seus parâmetros de segurança.

Para enfrentar esses riscos, a OpenAI informou que trabalha em uma atualização do GPT-5, lançado recentemente, com o objetivo de reduzir o tom de conversas de risco. Além disso, estuda mecanismos para conectar usuários a terapeutas certificados antes que uma crise aguda ocorra.

Entre as propostas avaliadas estão a criação de uma rede de profissionais licenciados acessível pela própria plataforma e a possibilidade de envolver familiares e amigos próximos.

A companhia também anunciou planos para lançar ferramentas de controle parental, permitindo que responsáveis acompanhem como adolescentes acessam e utilizam o ChatGPT.

O advogado Jay Edelson, representante da família Raine, disse à CNBC que a OpenAI não procurou os pais para prestar condolências ou discutir melhorias de segurança. “Se você vai usar a tecnologia de consumo mais poderosa do planeta, precisa confiar que os fundadores têm um senso moral. Essa é a dúvida sobre a OpenAI agora: como alguém pode confiar neles?”, questionou.

Casos recentes e desafios para a regulação

Casos semelhantes ao de Adam Raine têm acendido alertas. No início de agosto, a escritora Laura Reiley relatou ao New York Times que sua filha, de 29 anos, morreu por suicídio após conversar sobre o tema com o ChatGPT. Em outro episódio, na Flórida, Sewell Setzer III, de 14 anos, também morreu depois de interagir com um chatbot de inteligência artificial.

O avanço do uso de IA para suporte emocional e companhia tem intensificado questionamentos sobre riscos e regulação. No entanto, estabelecer regras claras para o setor ainda é um desafio.

Na segunda-feira (25), uma coalizão de empresas e investidores — entre eles o presidente da OpenAI, Greg Brockman — anunciou a criação do movimento Leading the Future, voltado a se opor a políticas que possam limitar a inovação em inteligência artificial.

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