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Brasil deve agir com cautela em retaliação comercial aos EUA, diz ex-funcionária da OMC
Publicado 29/08/2025 • 22:05 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 29/08/2025 • 22:05 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O processo de retaliação comercial iniciado pelo governo brasileiro contra os Estados Unidos deve ser conduzido com cautela, avaliou a professora da FGV EAESP e ex-funcionária da OMC, Lígia Maura Costa, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo ela, cabe à Camex avaliar de forma técnica o impacto das medidas e ouvir os setores afetados antes de definir eventuais contramedidas, como restrições a produtos norte-americanos.
“O papel da Camex é avaliar tecnicamente o impacto das medidas, ouvir os setores afetados e entender se as contramedidas, como restrições a produtos norte-americanos, realmente são viáveis, o que é extremamente difícil para a economia brasileira”, afirmou.
A especialista alertou ainda que uma reação precipitada pode se voltar contra o país.
“Isso pode abrir espaço para contra-retaliações norte-americanas, que agravariam ainda mais a situação atual. Um encarecimento absurdo das importações brasileiras pode gerar custos significativos para as empresas, afetando diretamente produção, empregos e preços ao consumidor final”, destacou.
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“Não é hora de bater de frente com Trump”, diz professora da FGV sobre retaliação comercial
A professora da FGV EAESP e ex-funcionária da OMC, Lígia Maura Costa, defendeu que o governo brasileiro evite um confronto direto com os Estados Unidos no processo de retaliação comercial em curso.
“Se eu fosse consultora do presidente Lula, diria para ligar para o Trump e tentar negociar. Agora não é o momento de bater de frente. O que importa é o Brasil continuar crescendo, os exportadores seguirem vendendo e o consumidor não pagar mais caro. Se países maiores não enfrentaram o Trump, por que nós o faríamos?”, disse em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo a especialista, a via multilateral também tem pouca eficácia.
“O Brasil já acionou a OMC, mas mesmo que ganhe, o órgão de apelação não está funcionando. A OMC perdeu os dentes. Então, hoje, a única saída é a diplomacia, mesmo que ela seja difícil. O risco de novas represálias existe, e não sabemos o que pode vir em seguida. Pode-se iniciar uma guerra comercial aberta”, alertou.
Lígia apontou ainda os segmentos que podem sofrer mais em caso de escalada da disputa.
“Todo mundo já sabe que os setores mais vulneráveis são os que dependem de insumos importados e cadeias globais: indústria farmacêutica, tecnologia da informação, máquinas e equipamentos industriais, o agro, o setor automotivo e o setor aeronáutico. A Camex precisa ouvir esses setores e colocar os números na mesa antes de qualquer decisão precipitada.”
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