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Meta muda respostas de chatbot de IA para adolescentes após investigação sobre conversas ‘românticas’
Publicado 29/08/2025 • 19:45 | Atualizado há 3 meses
Publicado 29/08/2025 • 19:45 | Atualizado há 3 meses
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Logo da Meta.
Kirill Kudryavtsev/AFP
A Meta anunciou nesta sexta-feira (29) mudanças temporárias nas políticas do seu chatbot de inteligência artificial para adolescentes, após pressões de parlamentares preocupados com questões de segurança e relatos de conversas inadequadas.
Segundo a empresa, os chatbots de IA passam a ser treinados para não responder a adolescentes sobre temas como automutilação, suicídio e distúrbios alimentares, além de evitar diálogos de cunho romântico que possam ser considerados impróprios.
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A empresa explicou que, em situações sensíveis, os chatbots vão direcionar adolescentes para fontes especializadas e de apoio, sempre que apropriado.
“À medida que nossa comunidade cresce e a tecnologia avança, estamos sempre aprendendo como os jovens interagem com essas ferramentas e reforçando nossas proteções conforme necessário”, afirmou a Meta em nota oficial.
Além disso, adolescentes que usam aplicativos como Facebook e Instagram só terão acesso a chatbots de IA com foco educacional ou de desenvolvimento de habilidades.
Segundo a Meta, ainda não há prazo definido para a duração dessas mudanças, que começam a ser implementadas nas próximas semanas em países de língua inglesa. As medidas provisórias fazem parte de um conjunto mais amplo de ações voltadas à segurança de adolescentes.
Na semana passada, o senador Josh Hawley, republicano do Missouri, anunciou a abertura de uma investigação sobre a Meta, após uma reportagem da Reuters revelar que a empresa permitia que seus chatbots de IA tivessem conversas “românticas” e “sensuais” com adolescentes e crianças.
De acordo com a Reuters, um documento interno da Meta detalhava os comportamentos considerados aceitáveis para os chatbots de IA, servindo de orientação a funcionários e prestadores de serviço durante o desenvolvimento e treinamento dos sistemas.
Em um dos exemplos citados, o material indicava que um chatbot poderia manter uma conversa de tom romântico com uma criança de oito anos, chegando a dizer: “cada pedacinho de você é uma obra de arte – um tesouro que eu valorizo profundamente”.
Na ocasião, um porta-voz da Meta afirmou à agência que “os exemplos e notas em questão eram e continuam sendo equivocados e não condizem com nossas políticas, e já foram removidos”.
Mais recentemente, na quinta-feira (28), a organização sem fins lucrativos Common Sense Media divulgou uma análise de riscos do Meta AI, afirmando que o sistema não deveria ser usado por menores de 18 anos. Segundo a entidade, a plataforma “incentiva o planejamento de atividades perigosas e ignora pedidos legítimos de apoio”.
“Esse não é um sistema que precisa de melhorias. É um sistema que precisa ser completamente reconstruído, colocando a segurança como prioridade máxima, não como algo secundário”, declarou James Steyer, CEO da Common Sense Media. “Nenhum adolescente deveria usar o Meta AI enquanto falhas graves de segurança não forem corrigidas.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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