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Exclusivo: CEO da Azul quer chegar a 30 milhões de passageiros, mesmo com alta do dólar
Publicado 16/12/2024 • 20:38 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 16/12/2024 • 20:38 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
A Azul planeja transportar mais de 30 milhões de passageiros no próximo ano, consolidando sua posição como uma das principais empresas de aviação no Brasil.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o CEO John Rodgerson falou sobre a visão da companhia para os próximos anos, destacando as oportunidades e os desafios enfrentados pela empresa em um cenário de alta do dólar, custos crescentes e exigências por sustentabilidade.
A cotação elevada do dólar, atualmente em mais de R$ 6, é um dos desafios para a empresa. Segundo Rodgerson, a alta pressiona os custos, já que combustível, peças de aeronaves e até dívidas da companhia são dolarizados.
Apesar disso, ele acredita que a eficiência operacional pode ajudar a mitigar parte desse impacto. “Infelizmente, as tarifas precisam subir, mas buscamos ser cada vez mais eficientes, otimizando processos como check-in remoto e outras tecnologias.”
A estratégia da Azul é conectar cidades menores a grandes centros urbanos no Brasil. Com voos para 100 destinos exclusivos, como o interior de São Paulo, Pernambuco e o Norte do país, a empresa busca se diferenciar ao atender regiões não tão exploradas pela concorrência.
“Enquanto outras companhias voam para três cidades principais, nós estamos no Brasil inteiro”, afirmou Rodgerson ao jornal Times Brasil. A conectividade também se estende a destinos internacionais, com voos diretos para os Estados Unidos e Europa partindo de locais como Manaus, Recife e Viracopos.
A Azul também tem investido em sustentabilidade, incorporando aeronaves que prometem ser econômicas e ambientalmente eficientes.
O modelo Embraer utilizado pela companhia, por exemplo, consome 25% menos combustível do que as aeronaves tradicionais.
Além disso, a empresa aposta na criação de hubs em regiões como o Nordeste, promovendo desenvolvimento social e geração de empregos. “Sustentabilidade vai além do meio ambiente. É sobre criar oportunidades e impulsionar a economia local”, destacou Rodgerson.
Rodgerson enfatizou a importância de fomentar o turismo doméstico no Brasil, incentivando os brasileiros a explorarem mais o próprio país e promovendo destinos como o Nordeste e a Amazônia.
Ele também ressaltou o potencial de atrair visitantes estrangeiros: “Os europeus estão descobrindo o Nordeste, mas precisamos trazer mais americanos para conhecerem as melhores praias do mundo e a Amazônia.”
A Azul procura oferecer tecnologia para melhorar a experiência dos passageiros, desde a compra do bilhete até o voo. Com Wi-Fi gratuito, televisão ao vivo e sistemas de entretenimento individual, a empresa busca personalizar a jornada de cada cliente.
“Queremos conhecer nossos clientes melhor, como a Netflix conhece seus usuários, para oferecer um serviço mais integrado e humano”, explicou o CEO.
Mesmo com os desafios econômicos, a Azul segue otimista sobre o futuro.
“A aviação brasileira tem um grande potencial de crescimento. Apesar das dificuldades, continuaremos investindo para conectar o país e oferecer a melhor experiência possível aos nossos passageiros”, concluiu Rodgerson.
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