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EXCLUSIVO: IA vai transformar relação entre trabalho e tecnologia em quatro anos, diz presidente da IBM América Latina

Publicado 23/09/2025 • 20:52 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • A inteligência artificial (IA) será o eixo central da transformação do mercado de trabalho nos próximos quatro anos, aponta um estudo global da IBM com 2 mil executivos em 33 países.
  • o presidente da IBM América Latina, Tonny Martins, destacou que o Brasil aparece em posição de vanguarda nesse cenário: 67% dos executivos brasileiros já utilizam agentes de IA, contra uma média global de 61%.
  • “Estamos vivendo uma revolução comparável ao início da internet, mas em velocidade muito maior”, resumiu Martins.

A inteligência artificial (IA) será o eixo central da transformação do mercado de trabalho nos próximos quatro anos, aponta um estudo global da IBM com 2 mil executivos em 33 países. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o presidente da IBM América Latina, Tonny Martins, destacou que o Brasil aparece em posição de vanguarda nesse cenário: 67% dos executivos brasileiros já utilizam agentes de IA, contra uma média global de 61%.

Além disso, 80% dos líderes no Brasil afirmaram que pretendem manter ou ampliar os investimentos em IA em 2025, e 59% já consideram reestruturar suas organizações e capacitar profissionais para explorar melhor a tecnologia. “Estamos vivendo uma revolução comparável ao início da internet, mas em velocidade muito maior”, resumiu Martins.

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Três vetores de impacto

Segundo o executivo, a IA impacta três grandes vetores no ambiente corporativo. O primeiro é a criação de valor, com novos produtos, serviços e formas de engajamento com o consumidor. O segundo é a produtividade: apenas nos últimos dois anos, a IBM economizou US$ 3,5 bilhões em ganhos de eficiência com o uso da tecnologia. O terceiro é a transformação da cultura de trabalho, exigindo novos perfis de liderança e a convivência entre humanos e plataformas inteligentes em modelos híbridos de operação.

O desafio da recapacitação

Martins reconhece que a preocupação com a substituição de empregos pela IA é legítima, mas reforça que há 500 mil vagas abertas no setor de tecnologia no Brasil, a maioria de alta qualidade e remuneração acima da média. “O grande desafio é recapacitar a força de trabalho e criar oportunidades para os jovens que estão entrando no mercado”, disse.

A IBM anunciou a meta de treinar 30 milhões de profissionais no mundo até 2030, sendo 3 milhões especificamente em inteligência artificial até 2026. “Não se trata de eliminar a pressão tecnológica, mas de estar preparado para enfrentá-la com equilíbrio, método e estratégia”, afirmou.

Da fase dos chatbots aos agentes autônomos

O executivo também traçou um panorama da evolução da IA. A primeira fase foi a dos chatbots, interagindo em tarefas básicas. A segunda, dos modelos de linguagem (LLMs), trouxe a capacidade de criar e resumir conteúdos. Agora, começa a terceira etapa, a dos agentes autônomos, capazes de executar tarefas complexas de forma inteligente.

Para essa fase avançar, contudo, Martins ressalta dois requisitos fundamentais: confiabilidade — garantir que a tecnologia seja transparente e segura — e eficiência, diante do alto consumo de energia e capacidade computacional. “Estamos na fase de experimentação. O grande desafio é escalar com benefícios tangíveis para negócios e consumidores”, explicou.

Liderança em transformação

A adaptação humana é parte essencial dessa transição. Martins enfatizou que liderar em um mundo moldado pela IA exige adaptabilidade, curiosidade intelectual e letramento tecnológico. “A tecnologia não pode ser mais restrita às áreas técnicas. Assim como idiomas ou finanças, tornou-se uma competência básica para qualquer liderança”, disse.

Ao final, reforçou que a IA não deve ser vista como substituta do profissional, mas como ferramenta para liberar o humano de tarefas repetitivas e permitir foco em criatividade, colaboração e intuição. “É a tecnologia fazendo com que o humano seja mais humano”, concluiu.

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