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Expectativas frustradas de mais cortes pelo Fed abalam os mercados
Publicado 19/12/2024 • 08:03 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 19/12/2024 • 08:03 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
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O banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na quarta-feira (18), levando a taxa de empréstimo para a faixa de 4,25%-4,5%.
No gráfico de pontos do Fed, que indica as expectativas para as taxas nos próximos anos, o banco central sinalizou apenas duas reduções de juros para 2025, abaixo das quatro anteriormente projetadas em setembro.
O Banco do Japão (BoJ) decidiu na quinta-feira manter sua taxa de juros de referência inalterada em 0,25%. Após o anúncio, o iene caiu para o menor nível em um mês em relação ao dólar.
Analistas estavam divididos sobre a decisão do BoJ: uma pesquisa da CNBC revelou que 54% dos entrevistados esperavam a manutenção da taxa, enquanto um levantamento da Reuters com economistas previa um aumento.
Os mercados dos Estados Unidos registraram forte queda na quarta-feira (18). O índice Dow Jones recuou mais de 1.000 pontos, uma queda de 2,58%, marcando o décimo dia consecutivo de perdas.
O S&P 500 recuou 2,95%, enquanto o Nasdaq Composite despencou 3,56%. Na quinta-feira (19), os mercados da Ásia-Pacífico seguiram a tendência negativa de Wall Street.
O índice Kospi, da Coreia do Sul, chegou a cair 1,8%, uma das maiores quedas na região.
As ações da Micron caíram mais de 15% nas negociações após o fechamento do mercado, mesmo com a empresa superando as expectativas de lucro no último trimestre.
A decepção veio da projeção abaixo do esperado para o trimestre atual: a receita prevista é de cerca de US$ 7,9 bilhões, bem abaixo dos US$ 8,98 bilhões esperados pelos analistas, segundo dados da LSEG.
Com o fim do ano se aproximando, os principais bancos de investimento estão divulgando suas previsões para o mercado europeu em 2025.
As opiniões variam entre moderadamente otimistas e mais confiantes, embora quase todos expressem preocupações com questões geopolíticas e tensões comerciais.
A venda em massa nos mercados nesta quarta-feira é um lembrete claro de que as previsões influenciam muito mais os movimentos das ações do que as circunstâncias atuais.
O Fed reduziu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. Isso deve diminuir os custos de empréstimos, estimular investimentos corporativos, gerar empregos e impulsionar o crescimento, o que, teoricamente, aumentaria o valor das ações.
No entanto, os investidores já estavam confiantes sobre o corte do Fed. Antes da conclusão da reunião de dezembro, o mercado futuro indicava uma chance de 98% de redução de 0,25 ponto percentual, de acordo com o CME FedWatch Tool.
Ou seja, os benefícios do corte já estavam precificados nas ações, o que tornava a decisão de quarta-feira pouco impactante nos preços.
Talvez os investidores estivessem precificando mais do que uma única redução. Há uma semana, havia uma probabilidade de 20,8% de o Fed reduzir a taxa para 4%-4,25% em janeiro.
O presidente do Fed, Jerome Powell, frustrou essas expectativas.
“Com a ação de hoje, reduzimos nossa taxa em um ponto percentual completo desde o pico, e nossa postura de política agora é significativamente menos restritiva”, disse Powell na coletiva de imprensa pós-reunião. “Podemos, portanto, ser mais cautelosos ao considerar novos ajustes.”
A possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual no próximo mês caiu para 8,6%, segundo o mercado futuro, após o Fed divulgar seu gráfico de pontos atualizado, indicando apenas dois cortes para 2025.
Essa mudança – de esperanças de que o Fed adotaria uma política agressiva de cortes para a realidade de que pode até aliviar esse ritmo – está causando abalos nos mercados.
Para simplificar: é como acordar no Natal esperando um presente e descobrir que não há nenhum. Essa decepção não aconteceria em outro momento do ano.
Como resumiu David Russell, chefe global de estratégia de mercado da TradeStation, com um tom melancólico: “Adeus, tigela de ponche. Nada de alegria natalina do Fed.”
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