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Fortune AIQ 50: um raio-X acessível da maturidade em IA nas empresas

Publicado 10/10/2025 • 16:26 | Atualizado há 9 horas

Pexels

Inteligência Artificial

Imagine tentar medir quão bem as grandes empresas estão lidando com a inteligência artificial (IA). Foi isso que a Fortune, em parceria com a ServiceNow e a Oxford Economics, fez ao criar o AIQ 50. É a primeira vez que se tenta colocar números na maturidade das organizações em IA usando o Índice de Maturidade em IA Empresarial 2025.

Nesse índice, as empresas recebem uma nota de 0 a 100 e, curiosamente, a média global deste ano caiu de 44 para 35. Em outras palavras, a tecnologia avança a passos largos e nós, humanos, estamos correndo atrás. 

Quem participou da pesquisa? 

Para chegar ao ranking, foram ouvidos 4.473 executivos de 16 países e 11 setores. Eles responderam perguntas sobre cinco grandes temas: estratégia e liderança, integração de processos, talentos, governança e geração de valor. Cada tema foi pontuado e, no fim, todos receberam o mesmo peso. 

Os países incluídos na amostra foram: Estados Unidos (522 respondentes), Índia (511), Austrália (560), Japão (305), Reino Unido (274), Alemanha (274), Holanda (257), Suécia (255), França (268), Singapura (225), Canadá (220), Hong Kong (180), Espanha (174), Itália (155), Emirados Árabes Unidos (148) e Arábia Saudita (145). O Brasil ficou de fora, mas as lições se aplicam muito bem por aqui. 

Um retrato surpreendente

O estudo mostrou que a maturidade média em IA caiu 9 pontos em relação ao ano anterior e que menos de 1 % das empresas ultrapassou 50 pontos. Apesar dessa queda, 67 % das companhias entrevistadas afirmam que a IA aumentou suas margens brutas, com um ganho médio de 11 %. Em outras palavras, mesmo com processos ainda imaturos, a IA já gera retorno financeiro.

Além disso, quase metade das empresas relatou retorno sobre o investimento (ROI) significativo em áreas como buscas internas, análise de dados, automação de processos e ferramentas preditivas. O ROI — relação entre lucro obtido e valor investido — tem sido positivo nas iniciativas de IA, o que reforça sua relevância estratégica. 

Quem são os “Pacesetters”? 

A pesquisa identificou um grupo especial: os Pacesetters – ou, em bom português, os pioneiros, vanguardistas, aqueles que dão o ritmo. Eles representam 18,2 % dos entrevistados.

Enquanto a média global foi 35, esses pioneiros marcaram 44 pontos; praticamente todos acima de 50. Se todas as grandes empresas do mundo se comportassem como eles, haveria um ganho estimado de US$ 113 bilhões nas margens brutas totais – cerca de US$ 56 milhões a mais por empresa. 

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Por que eles se destacam? Três ingredientes fazem a diferença: liderança estratégica (36 %), governança (30 %) e gastos disciplinados (23 %). Esses líderes apostam em: 

  • Centros de inovação: 53 % criaram hubs dedicados à IA (contra 38 % das demais empresas). 
  • Abordagem de plataforma: 66 % usam uma base única integrada de IA (versus 46 %). 
  • Talento certo: metade acredita ter a equipe ideal (contra 29 %). 
  • Governança sólida: 63 % já atualizaram políticas de dados e criaram normas de IA (contra 42 %). 
  • Agentes autônomos: 36 % já experimentam IA agêntica, contra 19 % das outras. 

Para onde o mundo vai? 

Na geografia da IA, a Índia está à frente com 31 % de pioneiros, seguida por Estados Unidos (22 %) e Emirados Árabes Unidos (21 %). Europa não foi tão bem: Espanha, Itália e França ficaram atrás. Entre setores, tecnologia, manufatura pesada, finanças e automotivo dominam. 

E nós, no Brasil? 

O AIQ 50 deixa um recado claro: a IA sozinha não resolve nada. Mesmo sem dados específicos do Brasil, o relatório oferece um roteiro. Para entrar na liga dos pioneiros, líderes brasileiros precisam: 

  1. Traçar uma visão clara de IA amarrada aos objetivos do negócio. 
  1. Quebrar silos, integrando dados e processos numa plataforma única. 
  1. Investir em talentos e requalificar equipes, criando campeões de IA. 
  1. Estabelecer uma governança proativa, cuidando de ética, privacidade e segurança. 
  1. Experimentar com agentes autônomos, mas mantendo o ser humano no comando. 

No fim das contas, a maior lição do AIQ 50 é que tecnologia sem cultura e liderança não passa de moda. Com o mix certo, a IA deixa de ser promessa e vira vantagem competitiva. 

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Joaquim Santini

Pesquisador e palestrante internacional, diplomado em Psicologia Clínica Organizacional e mestre em Consulting and Coaching for Change no Insead ( european business school, na França), graduado e mestre em Engenharia Mecânica pela Unicamp. Fundador da EXO – Excelência Organizacional.

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