Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Governo Trump inicia demissões ‘substanciais’ de funcionários federais em meio ao shutdown
Publicado 10/10/2025 • 16:23 | Atualizado há 3 dias
EXCLUSIVO CNBC: CEOs da Oracle falam sobre responsabilidade da IA no mercado bilionário de serviços de nuvem
Montadoras são acusadas de fraudar testes de emissões de diesel em processos no Reino Unido
Pesquisa aponta que maioria dos americanos deixaria o emprego se voltasse ao presencial
Salesforce adiciona chamada de voz a software de atendimento ao cliente Agentforce AI
Citi prepara serviço de custódia de criptoativos em 2026, enquanto Wall Street mergulha mais fundo em ativos digitais
Publicado 10/10/2025 • 16:23 | Atualizado há 3 dias
KEY POINTS
Mark Garten via Fotos Públicas
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O governo Trump anunciou nesta sexta-feira (10) que iniciou demissões “substanciais” de funcionários federais, à medida que a paralisação do governo (shutdown) continua devido à incapacidade do Congresso de chegar a um acordo de financiamento.
“Os RIFs começaram”, disse o diretor de orçamento da Casa Branca, Russ Vought, no X, referindo-se à sigla em inglês para “redução de força” no funcionalismo público.
Embora não tenha fornecido detalhes, um porta-voz do Escritório de Administração e Orçamento (OMB) confirmou à NBC News que as demissões começaram e que serão “substanciais”.
As agências afetadas incluem os departamentos do Interior, Segurança Interna, Tesouro, Educação, Energia, Habitação e Desenvolvimento Urbano e Saúde e Serviços Humanos, além da Agência de Proteção Ambiental (EPA), segundo um funcionário do governo.
Porta-vozes de vários desses departamentos confirmaram à NBC News que estavam enviando avisos de demissão nesta sexta, mas se recusaram a informar o número de servidores afetados, encaminhando o comentário ao OMB.
Democratas reagiram, argumentando que uma paralisação não exige demissões nem confere ao presidente novos poderes para fazê-las, acusando a Casa Branca de agir de forma vingativa.
Leia também:
Trump diz que China “está se tornando hostil” e ameaça com novas tarifas por controle de terras raras
O que Trump e Lula vão discutir? Terras raras, big techs e até Venezuela devem entrar na pauta
Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS) afirmou que as demissões no órgão estavam ocorrendo na Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA), um dos principais alvos de Donald Trump desde que o então diretor da agência declarou que ele havia perdido a eleição de 2020 para Joe Biden.
“Durante o último governo, a CISA se concentrou em censura, manipulação de marca e propaganda eleitoral”, disse o porta-voz do DHS. “Isso faz parte do processo de recolocar a CISA em sua missão.”
O porta-voz do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), Andrew Nixon, afirmou que os cortes naquele órgão buscam reduzir uma ‘burocracia inchada’ criada durante o governo Biden, acrescentando: “O HHS continua a fechar entidades desnecessárias e duplicadas, incluindo aquelas que estão em desacordo com a agenda ‘Make America Healthy Again’ do governo Trump.”
Sindicatos importantes questionaram a legalidade da decisão da Casa Branca e ameaçaram ações judiciais. A AFL-CIO escreveu no X: “Os sindicatos americanos verão vocês no tribunal.”
O presidente da AFSCME, Lee Saunders, disse que as demissões em massa são ilegais e prejudicarão famílias, prometendo “buscar todos os meios disponíveis para impedir” a ação do governo.
Sindicatos de funcionários federais já haviam processado o governo Trump pela ameaça do OMB de iniciar cortes antes mesmo do início da paralisação, em 1º de outubro. Nesta sexta-feira, os autores da ação apresentaram uma moção suplementar pedindo uma liminar temporária imediata para impedir novas demissões, citando a publicação de Russ Vought no X — “as RIFs começaram”.
A iniciativa da Casa Branca também contraria a posição da senadora republicana Susan Collins, do Maine, presidente do Comitê de Dotações que supervisiona o financiamento do governo.
“Deixei bem claro que não acredito que deva haver demissões de trabalhadores em licença”, disse Collins na quarta-feira (8). Após o anúncio, ela declarou: “Oponho-me fortemente à tentativa de Russ Vought de demitir permanentemente funcionários federais que foram licenciados devido a uma paralisação governamental completamente desnecessária causada pelo senador Schumer.”
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, reagiu duramente: “Ninguém está forçando Trump e Vought a fazer isso. Eles estão insensivelmente escolhendo prejudicar trabalhadores que protegem nosso país, inspecionam nossos alimentos e respondem a desastres. Isso é caos deliberado.”
Schumer acrescentou: “O pior é que os republicanos preferem ver milhares de americanos perderem seus empregos do que negociar para reabrir o governo.”
A senadora Patty Murray, também democrata e integrante do Comitê de Dotações, criticou o padrão de gestão da Casa Branca: “Este governo tem demitido e recontratado trabalhadores essenciais de forma imprudente durante todo o ano. Isso não é novidade, e ninguém deve se sentir intimidado por essas ações.”
O anúncio de Vought veio um dia após o Senado rejeitar, pela sétima vez, tanto o projeto republicano para manter o governo temporariamente aberto quanto a alternativa democrata, que previa financiamento adicional para a saúde.
—
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
Maior fábrica de celulose do mundo é erguida no Brasil com investimento de US$ 4,6 bilhões
Cinco lições deixadas pela crise dos COEs da Ambipar e da Braskem
XP avalia criação de fundo para investidores afetados por COE da Ambipar
Arauco: Maior fábrica de celulose do mundo criará vagas de emprego que superam o número de habitantes da cidade sede em MS
Como a crise de Ambipar e Braskem explica o derretimento dos COEs e as perdas expressivas dos investidores de XP e BTG