Volkswagen anuncia corte de 35 mil postos na Alemanha até 2030
Publicado 21/12/2024 • 11:17 | Atualizado há 5 meses
UE lança disputa contra tarifas dos EUA ao definir 95 bilhões de euros em contramedidas
“O dia mais sortudo da minha vida”: Warren Buffett diz que nascer americano o ajudou a construir sua fortuna
Trump se concentra nas altas tarifas impostas à China antes das negociações comerciais
Maersk reduz perspectivas do mercado de contêineres devido às tensões tarifárias entre EUA e China
Inside India CNBC: a Índia parece pronta para um acordo com os EUA — mas a que custo?
Publicado 21/12/2024 • 11:17 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Volkswagen
Pixabay.
A Volkswagen revelou nesta sexta-feira (20) um plano de demissões que afetará 35 mil trabalhadores na Alemanha até 2030. A medida foi definida após intensas negociações com sindicatos e integra um esforço para reduzir custos em 4 bilhões de euros (aproximadamente R$ 22,9 bilhões) por ano.
O acordo, que foi celebrado às vésperas do Natal, trouxe alívio ao evitar demissões forçadas e o fechamento de fábricas, destacou o sindicato IG Metall, que comemorou o desfecho como uma vitória para os trabalhadores. A montadora havia cogitado, em um cenário extremo, o encerramento de unidades de produção, algo inédito em seus 87 anos de história.
Embora nenhuma fábrica seja fechada completamente, a produção será reduzida em várias unidades na Alemanha. A planta de Dresden, que emprega cerca de 300 pessoas, encerrará a fabricação de veículos em 2025, sendo destinada a outras funções. Já a unidade de Osnabrück continuará em operação até 2027, antes de ter sua finalidade alterada.
A matriz em Wolfsburg também será impactada, com a redução de quatro para duas linhas de produção. Essa mudança resultará na perda de 4 mil postos de trabalho na fábrica até 2030, enquanto a produção do popular modelo Golf será transferida para o México. Em Zwickau, um dos centros de produção de carros elétricos, haverá redução para apenas uma linha de montagem.
“Nos concentramos em reduzir os excedentes de capacidade, os custos trabalhistas e os custos de desenvolvimento”, afirmou Thomas Schaefer, CEO da marca Volkswagen, destacando que soluções viáveis foram alcançadas em todos os aspectos. A capacidade de produção na Alemanha será reduzida em mais de 700 mil unidades, completou o executivo.
A transição para veículos elétricos tem sido um obstáculo para a Volkswagen, que enfrenta forte concorrência de fabricantes chineses, como BYD e Geely. Além disso, a empresa lida com a queda na demanda e os altos custos trabalhistas e de produção na Europa.
O especialista Ferdinand Dudenhoeffer, do Centro de Pesquisa Automotiva (CAR), afirmou que o custo com indenizações será elevado e que as reduções mostram como a Volkswagen e outras montadoras estão encolhendo sua presença na Alemanha.
A situação da Volkswagen reflete um cenário mais amplo de dificuldades na economia alemã, que enfrenta altos preços de energia e riscos de recessão pelo segundo ano consecutivo. O tema atraiu atenção política às vésperas das eleições de fevereiro, com o chanceler Olaf Scholz alertando que o fechamento de fábricas seria um “erro”.
Mais lidas
Quem é Robert Prevost, o novo papa eleito com o nome de Leão XIV
Saiba quem foi Leão XIII e como ele inspira o novo papa
Europa quer acabar com as importações de gás russo. Aliados de Moscou na UE dizem que é um “erro grave”
Itaú Unibanco tem lucro líquido gerencial de R$ 11,128 bi no 1º tri, alta de 13,9% em um ano
Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil: "País precisa de estabilidade"