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Ambipar tem pedido de recuperação judicial deferido pela Justiça do Rio de Janeiro
Publicado 30/10/2025 • 16:42 | Atualizado há 12 horas
 
        
        
                            
                     
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Publicado 30/10/2025 • 16:42 | Atualizado há 12 horas
KEY POINTS
 
                            Divulgação Ambipar
Ambipar
A 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro deferiu o pedido de recuperação judicial do Grupo Ambipar, empresa que se viu suas ações derreterem nos últimos meses em meio à perda de credibilidade com o mercado. A decisão marca o início formal do processo de reestruturação financeira da companhia, que tem passivos estimados em cerca de R$ 10,5 bilhões.
O deferimento também dá início ao período de 180 dias de suspensão de execuções e cobranças — o chamado stay period —, que garante estabilidade às negociações com credores enquanto o grupo elabora o plano de recuperação judicial.
Segundo a Ambipar, suas atividades permanecem preservadas, sem impacto sobre clientes, fornecedores ou parceiros comerciais. Os pagamentos e contratos seguem em dia, e as operações mantêm ritmo normal em todas as unidades.
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A Ambipar, gigante brasileira de gestão ambiental, vive o momento mais turbulento de sua história. A empresa, que chegou a ser símbolo de sucesso e sustentabilidade ao comprar cerca de 80 companhias em 40 países e empregar mais de 20 mil pessoas, entrou com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 20 de outubro.
A decisão ocorreu quatro dias antes do fim da proteção judicial temporária de 30 dias, que impedia a cobrança imediata de dívidas por parte dos credores. A companhia, que já teve um caixa de R$ 4,7 bilhões, enfrenta agora uma dívida estimada em cerca de R$ 11 bilhões.
“Comprou muitas empresas com preço muito baixo, empresas que tinham problemas financeiros bem complexos”, explicou Juliana Inhasz Kessler, professora do Insper. “Isso fez com que o mercado revertesse a percepção de uma empresa sólida para uma empresa muito endividada e alavancada.”
A derrocada começou com a expansão agressiva financiada por dívidas. Em 2024, a Ambipar emitiu títulos verdes (green bonds) no valor de US$ 550 milhões, com vencimento em 2031. Na prática, isso quer dizer que a empresa foi buscar dinheiro no exterior para investir em projetos sustentáveis. Ou seja, criou uma dívida corporativa.
Como esses títulos são emitidos em dólar, se a moeda sobe, a dívida da Ambipar também aumenta.
Para se proteger dessa variação cambial, um banco credor foi contratado para fazer a proteção financeira, conhecida como hedge — um tipo de contrato de derivativo chamado swap, que trava o valor do dólar.
Como o dólar ficou fixado pelo acordo, se a cotação subisse, o banco pagaria a diferença para a Ambipar.
Se caísse, era a empresa quem pagava.
Em janeiro de 2025, a Ambipar fez uma nova emissão de títulos — 493 milhões de dólares —, usando parte desse dinheiro para pagar 200 milhões do título anterior e o restante para novos projetos.
Mas, em agosto, veio a reviravolta: o banco fez um aditivo ao contrato, estabelecendo que, se houvesse instabilidade no preço dos green bonds ou desvalorização do dólar, a Ambipar teria que depositar 60 milhões de reais como garantia adicional — a chamada margem.
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