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Kering vende sua divisão de beleza para a L’Oréal
Publicado 01/11/2025 • 09:25 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 01/11/2025 • 09:25 | Atualizado há 9 horas
Reprodução Instagram
A Kering, conglomerado que controla marcas como Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, anunciou oficialmente a venda de sua divisão Kering Beauté à L’Oréal, em uma transação avaliada em aproximadamente 1,8 bilhão de euros.
O acordo, confirmado em Paris, encerra uma breve, mas simbólica, incursão do grupo na categoria de beleza, e marca um novo equilíbrio de poder no setor de luxo francês.
Criada em 2023, a Kering Beauté nasceu com o objetivo de desenvolver internamente as linhas de fragrâncias e cosméticos das marcas do grupo. Entretanto, em menos de três anos, o conglomerado liderado por François- Henri Pinault decidiu recuar da disputa direta com gigantes como L’Oréal, Estée Lauder e LVMH, concentrando esforços em reestruturar sua divisão de moda, que enfrenta um período de desaceleração, especialmente na Gucci.
“Este movimento reflete nossa escolha de foco e disciplina estratégica. A L’Oréal é a melhor parceira possível para perpetuar a excelência e o potencial das marcas que criamos”, declarou François-Henri Pinault, CEO do grupo Kering.
Leia mais artigos da coluna Up Market da Dani Rudz
Com a compra, a L’Oréal Luxo, braço premium da empresa, incorpora o portfólio de beleza da Kering, incluindo os direitos de desenvolvimento e licenciamento de Bottega Veneta, Balenciaga, Alexander McQueen, Pomellato e Qeelin.
A operação reforça o domínio da L’Oréal no segmento de fragrâncias de prestígio e skincare artístico, consolidando a gigante francesa como líder incontestável na categoria de beleza de luxo.
Fontes de mercado apontam que a transação também abre caminho para novos acordos criativos e sinergias entre marcas do grupo, com possíveis colaborações cruzadas e relançamentos de fragrâncias icônicas de McQueen e Balenciaga sob uma nova direção olfativa.
O mercado recebeu a notícia com uma mistura de alívio e pragmatismo.
A venda é um movimento racional da Kering, que busca proteger margens e reconcentrar investimentos nas frentes de moda e couro, especialmente após a queda de lucros da Gucci e da Balenciaga nos últimos trimestres.
Já para a L’Oréal, o negócio é visto como uma jogada de mestre: o grupo reforça seu portfólio no topo do luxo e ganha acesso a casas de moda que combinam relevância cultural e desejo global.
A reação das bolsas foi imediata: as ações da L’Oréal subiram 2,4% após o anúncio, enquanto as da Kering fecharam estáveis, refletindo o consenso de que o grupo optou por uma retirada estratégica, não por fraqueza, mas por foco.
A Kering, antes PPR (Pinault-Printemps-Redoute), já havia experimentado o segmento de beleza nos anos 1990, quando controlava a Yves Saint Laurent Beauté, vendida justamente à L’Oréal em 2008.
Duas décadas depois, a história se repete, reafirmando a lógica do mercado: a beleza, mais do que moda, pertence a quem domina a escala e o laboratório.
A decisão de 2025 fecha um ciclo e confirma uma verdade sobre o luxo contemporâneo: o poder não está apenas no design, mas na capacidade de transformar desejo em experiência sensorial, território onde a L’Oréal reina há mais de um século.
Em tempos em que os impérios do luxo repensam suas fronteiras, a venda da Kering Beauté para a L’Oréal mostra que foco é o novo luxo.
Não se trata de perder espaço, mas de refinar o território: cada gigante retorna ao que faz de melhor.
A Kering volta-se ao vestir e a L’Oréal, ao toque.
No fim, ambos reafirmam o mesmo princípio que sempre guiou o luxo verdadeiro: menos dispersão, mais essência.
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