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Mercado global de alumínio entra em superávit, mas custos seguem pressionados por energia e insumos
Publicado 04/11/2025 • 09:09 | Atualizado há 8 horas
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Publicado 04/11/2025 • 09:09 | Atualizado há 8 horas
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Pixabay.
O faturamento do setor de alumínio atingiu R$ 159,3 bilhões, com alta de 21% em relação ao ano anterior, segundo a ABAL.
O mercado global de alumínio voltou a registrar superávit no terceiro trimestre de 2025, após o déficit observado no trimestre anterior. Segundo relatório da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), o resultado reflete oferta estável e desaceleração da demanda mundial, especialmente na China, que ainda assim manteve o maior consumo já registrado para um terceiro trimestre.
A LME (cotação na London Metal Exchange) encerrou o período com preço médio de US$ 2.618 por tonelada, a segunda maior cotação trimestral desde 2022, e atingiu em outubro o maior valor spot dos últimos três anos.
Os prêmios (sobretarifas para competitividade) regionais continuaram em alta: o Midwest norte-americano ultrapassou US$ 1.600/t após o governo Trump manter a tarifa de importação de 50% sobre alumínio, enquanto o Rotterdam subiu em razão da antecipação de pedidos antes da implementação do CBAM europeu, prevista para janeiro de 2026.
A produção chinesa alcançou 44,9 milhões de toneladas anualizadas, o maior nível da história, impulsionada por realocação e modernização de capacidade produtiva. Apesar da leve desaceleração sazonal, o PMI de manufatura da China se manteve acima de 50 pontos em setembro, indicando expansão da atividade industrial e sustentação da demanda.
Nos Estados Unidos e na Zona do Euro, o PMI industrial atingiu em agosto o maior patamar em três anos, refletindo melhora gradual de novas encomendas e produção interna. Ainda assim, a demanda fora da China mostrou estabilidade, sem retomada significativa em comparação a 2024.
No mercado doméstico, o consumo de alumínio manteve-se firme, apoiado pelo desempenho do setor automotivo e pela expansão da matriz elétrica. A produção de veículos leves cresceu 5% sobre o trimestre anterior e as exportações de motos avançaram 51,6% no acumulado do ano, favorecendo a demanda por fundidos.
A construção civil também contribuiu positivamente, com vendas de cimento em alta de 3% no acumulado do ano e expectativas favoráveis após as mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida e no modelo de crédito habitacional. Além disso, o leilão de energia realizado em outubro pela Aneel, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos, vem antecipando encomendas de cabos e equipamentos elétricos, outro fator que sustenta a indústria do alumínio.
Mesmo com o aumento no preço do alumínio, os custos da cadeia continuam pressionados. O relatório aponta alta dos preços de insumos, como alumina, anodos e energia elétrica, além do impacto da desvalorização cambial sobre o custo em reais. A margem média da indústria, entretanto, melhorou em relação ao segundo trimestre, beneficiada pela valorização da LME.
O preço da alumina (FOB Austrália) subiu levemente após meses de queda, enquanto os custos de energia global avançaram com o aumento do petróleo Brent. Já a soda cáustica, usada no refino de bauxita, recuou com a normalização da oferta nos Estados Unidos.
A CBA avalia que as perspectivas para o alumínio seguem favoráveis no médio prazo, com crescimento impulsionado por novas tecnologias, como data centers, veículos elétricos, energias renováveis e robótica, compensando a redução do consumo em setores tradicionais, como construção civil na China.
Os estoques globais aumentaram levemente após quatro trimestres de queda, mas continuam abaixo do nível de equilíbrio de 50 dias de consumo. A companhia alerta, porém, que a guerra tarifária entre EUA e China deve manter a volatilidade elevada no mercado internacional e impactar os fluxos comerciais de alumínio e sucata metálica.
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