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CEO da Sotheby’s prevê “demanda muito forte” antes de leilões avaliados em US$ 1,4 bilhão
Publicado 13/11/2025 • 22:14 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 13/11/2025 • 22:14 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
A Sotheby’s leiloará o vaso sanitário de ouro maciço de Maurizio Cattelan, chamado “America”, como parte de seu leilão de outono. Crystal Lau | CNBC
Os grandes leilões de arte de outono em Nova York, agendados para a próxima semana, devem ultrapassar US$ 1,4 bilhão, alta de 50% em relação ao ano passado. O resultado pode marcar uma virada no mercado, que enfrentou três anos de retração, segundo especialistas.
A Sotheby’s, Christie’s e Phillips levarão a leilão obras icônicas — de um retrato de Gustav Klimt avaliado em US$ 150 milhões a um vaso sanitário de ouro maciço — em um dos períodos mais aguardados do calendário global da arte. As vendas seguem performances acima do esperado em Paris e Londres e podem reforçar a confiança de compradores e vendedores.
Segundo concessionárias e executivos, a retomada é sustentada por demanda crescente, oferta de obras mais raras e um ambiente macroeconômico mais favorável, impulsionado pela queda dos juros, valorização das ações e aumento expressivo da riqueza no mercado público e privado.
“Temos observado uma demanda muito forte ao longo do ano”, disse Charles Stewart, CEO da Sotheby’s. “O que mudou recentemente é a oferta, que finalmente está acompanhando essa demanda.”
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Coleções Lauder e Pritzker são destaques
A Sotheby’s leiloará 55 obras da coleção de Leonard Lauder, avaliadas em mais de US$ 400 milhões — incluindo o retrato “Elisabeth Lederer”, de Klimt, estimado acima de US$ 150 milhões, e duas paisagens do artista avaliadas entre US$ 70 milhões e US$ 80 milhões. O leilão inclui ainda esculturas de Matisse e uma das versões de “Sonho de uma Noite de Verão”, de Edvard Munch.
A coleção dos bilionários Jay e Cindy Pritzker agrega 37 obras avaliadas em mais de US$ 120 milhões, entre elas uma natureza-morta de Van Gogh estimada acima de US$ 40 milhões.
Na Christie’s, obras de grande procura incluem “Nymphéas”, de Monet, e “Christopher Isherwood and Don Bachardy”, de David Hockney, ambas estimadas entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões. A casa também oferta “No. 31 (Yellow Stripe)”, de Mark Rothko, avaliado acima de US$ 50 milhões.
Mudança geracional cria dois mercados
A recuperação não elimina dúvidas sobre a sustentabilidade do setor. A saída gradual de colecionadores mais velhos — tradicionalmente focados em obras de “troféu” — contrasta com a entrada de compradores mais jovens interessados em artistas emergentes e obras com preços mais acessíveis.
Essa mudança abriu dois mercados paralelos:
Segundo o relatório Art Market Update do Bank of America Private Bank:
“Muitos colecionadores das últimas décadas agora priorizam sucessão e transição, não acumulação”, afirmou Drew Watson, chefe de serviços de arte do Bank of America. “Ao mesmo tempo, vemos feiras lotadas de jovens compradores formando conexões diretas com artistas.”
“America”: o vaso sanitário de ouro que rouba a cena
Entre os itens mais comentados, a Sotheby’s vai leiloar “America”, o vaso sanitário de ouro maciço criado por Maurizio Cattelan — o mesmo artista responsável pela banana colada com fita adesiva, vendida por US$ 6,2 milhões.
A obra pesa cerca de 100 kg de ouro 18 quilates. Uma das versões foi instalada no Guggenheim, gerando longas filas; outra foi roubada no Palácio de Blenheim e nunca recuperada. A versão à venda é de colecionador privado — segundo o New York Times, o bilionário Steve Cohen é o proprietário.
Só o valor do ouro ultrapassa US$ 13 milhões, mas a Sotheby’s não divulgou estimativa formal. Para Stewart, trata-se de um “fenômeno cultural”.
“‘América’ provoca discussões, interpretações e provocações, assim como aconteceu com o ‘Comedian’”, disse o CEO. “É uma obra que mexe com as pessoas.”
Nem todos concordam. “É apenas espetáculo”, afirmou o consultor Andrew Fabricant. “Não tem nada a ver com arte.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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