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Apagão causado por ciclone gera rombo de R$ 1,5 bilhão no comércio e serviços de São Paulo
Publicado 12/12/2025 • 08:56 | Atualizado há 47 minutos
Publicado 12/12/2025 • 08:56 | Atualizado há 47 minutos
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Paulo Pinto Agência Brasil
Rajadas de 98 km/h em SP deixam 1,5 milhão de imóveis sem energia pelo segundo dia
A falta de eletricidade em São Paulo já provocou um prejuízo estimado de R$ 1,54 bilhão ao comércio e aos serviços entre a quarta-feira (11) e a quinta-feira (12), segundo cálculo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Do total, o setor de Serviços respondeu por pouco mais de R$ 1 bilhão em faturamento perdido, enquanto o comércio deixou de faturar cerca de R$ 511 milhões no período.

O cálculo considera os efeitos da interrupção do fornecimento de energia em 2,2 milhões de imóveis na capital paulista na metade da quarta-feira e em cerca de 1 milhão de unidades ainda sem eletricidade na quinta-feira (12). Segundo a FecomercioSP, 18% da cidade segue sem fornecimento.
A estimativa se baseia no potencial de faturamento que deixou de ser realizado enquanto empresas permaneceram sem condições de operar normalmente.
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Na avaliação da entidade, o valor divulgado não representa o impacto total da crise. Ficaram fora da conta, por exemplo, perdas de estoques perecíveis, danos a equipamentos, multas contratuais e custos fixos que continuaram sendo pagos mesmo sem geração de receita.
“Estamos falando apenas do potencial de perdas”, afirma Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP. “É possível que mais empresas tenham sido afetadas do que o estimado, embora alguns profissionais tenham conseguido operar a partir de imóveis com energia”, explica.
Segundo ele, no limite, as perdas totais do varejo e dos serviços devem aumentar à medida que os efeitos indiretos forem contabilizados.
Para o professor de economia Rodrigo Simões, da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP), o impacto econômico da interrupção do fornecimento de energia vai além da perda imediata de faturamento. “Quando um choque dessa magnitude atinge uma cidade como São Paulo, o efeito não se restringe ao dia parado. Há um encadeamento que envolve contratos descumpridos, atrasos logísticos, perda de confiança e postergação de decisões de consumo”, afirma.
Segundo o economista, setores de serviços tendem a sofrer mais porque dependem de operação contínua e têm menor capacidade de recuperação posterior. “Um restaurante, um salão, um consultório ou um prestador autônomo não consegue ‘vender amanhã’ o que deixou de vender hoje. Isso diferencia esse tipo de perda de outros choques econômicos e ajuda a explicar por que eventos de interrupção de energia geram impactos desproporcionais sobre serviços urbanos”, diz.
A FecomercioSP lembra que, em outubro de 2024, quando São Paulo enfrentou uma situação semelhante de interrupção prolongada de energia, as perdas econômicas chegaram a quase R$ 2 bilhões, o que reforça a dimensão do risco atual para a atividade econômica da cidade.
Diante do cenário, a FecomercioSP orienta que todos os afetados pela falta de eletricidade registrem formalmente um chamado junto à distribuidora, antes de recorrer às vias judiciais.
Além de servir como documento oficial da reclamação, o registro administrativo pode resultar em respostas mais rápidas e gera dados que devem ser usados para aprimorar o serviço.
No caso de danos a aparelhos eletroeletrônicos provocados pela interrupção do fornecimento, as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) determinam que a distribuidora — no caso, a Enel SP — disponibilize canais de atendimento para análise e solução dos problemas.
Se não houver resposta, o consumidor pode recorrer à ouvidoria da empresa e, posteriormente, à ANEEL, com o número do protocolo em mãos. Persistindo o problema, a orientação é procurar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
Pela legislação, quando a interrupção do fornecimento supera 24 horas em áreas urbanas e 48 horas em regiões rurais, os Procons locais podem intermediar pedidos de indenização por danos econômicos.
A FecomercioSP reforça que pedidos de ressarcimento, tanto pela via administrativa quanto judicial, devem ser acompanhados de provas dos prejuízos, como fotografias, documentos, relatórios de perdas de faturamento, registros de estoque e comprovantes de custos mantidos durante o período sem energia.
Sem esses registros, a chance de reparação financeira diminui significativamente.
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