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Euro: apesar dos 25 anos da moeda única, pagamento digital ainda é desafio
Publicado 12/12/2025 • 15:00 | Atualizado há 5 horas
Publicado 12/12/2025 • 15:00 | Atualizado há 5 horas
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Pexels
Vinte e cinco anos após a introdução da moeda única, uma solução de pagamento digital pan-europeia e soberana ainda precisa ser construída, mas soluções privadas europeias estão surgindo. Enquanto isso, atores americanos como Visa e Mastercard para cartões bancários, além do Paypal para pagamentos online e o Apple Pay com sua “wallet” (carteira digital), preencheram o vazio existente.
Visa e Mastercard representam “69% das transações por cartão na zona do euro”, segundo o Banco da França.
Além de uma questão de soberania, essas soluções levantam o problema do custo para os usuários. Segundo uma pesquisa da Comissão Europeia (2024), as taxas cobradas sobre pagamentos com cartões de débito chegavam em média a 0,44% em 2022, contra 0,27% em 2018.
Soluções privadas
Existem cinco redes nacionais de cartões bancários na Europa: na Alemanha (que não atua no e-commerce), na Bélgica, na França (GIE Cartes Bancaires), na Itália e em Portugal. Embora sejam menos onerosos para os comerciantes, eles não funcionam para pagamentos transfronteiriços.
Recentemente, surgiram soluções transfronteiriças de transferências instantâneas de conta a conta: Wero (Alemanha, Bélgica, França) e EuroPA (Espanha, Itália, Portugal). O EuroPA e o Wero estão trabalhando para criar uma interface que permita aos clientes das duas redes transitar de uma para a outra com fluidez.
Segundo Martina Weimert, chefe da empresa responsável pelo desenvolvimento do Wero, a European Payments Initiative (EPI), o Wero contava em meados de 2025 com “15,9 milhões” de usuários ativos na França (ou seja, que já utilizaram o serviço), “2,3 milhões” de clientes na Alemanha e “perto de 7 milhões” na Bélgica.
Apoiando-se em seu posicionamento de pagamentos entre pessoas físicas, que garantiu sua presença em todos os aplicativos bancários, o Wero lançou o pagamento para comerciantes online na Alemanha –país que tinha grande demanda por uma solução soberana – antes de lançá-lo na França e na Bélgica em 2026.
Leia mais:
Famílias europeias esperam preços mais altos nos próximos 12 meses, aponta BCE
Projeto do euro digital
O Banco Central Europeu (BCE) apoia um projeto de euro digital, uma versão desmaterializada de moedas e notas, cujo quadro legislativo é atualmente objeto de debate no Conselho e no Parlamento Europeu. A finalização deste projeto de regulamentação é esperada para o decorrer de 2026.
O euro digital permitirá transferências de dinheiro entre indivíduos, bem como pagamentos por telefone e cartão em estabelecimentos comerciais e online. Ele funcionará também no modo “offline”.
O euro digital constituirá uma plataforma de inovação para atores privados, que poderão assim oferecer seus serviços (incluindo Wero e EuroPA) em toda a zona do euro, com padrões técnicos e regras comerciais unificados, indicou a subgovernadora do Banco da França, Agnès Bénassy-Quéré, em um blog. Além disso, a moeda se apoiará em uma infraestrutura soberana, desenvolvida e operada na Europa por fornecedores europeus, acrescentou.
Stablecoins
As stablecoins são criptomoedas cuja particularidade é ter um valor estável por serem lastreadas em moedas tradicionais, sendo 99% delas atreladas ao dólar dos Estados Unidos.
O governador do Banco da França, François Villeroy de Galhau, encorajou no início de outubro os bancos europeus a emitirem stablecoins em euros para combater a hegemonia do dólar nesses ativos digitais.
A Société Générale Forge, subsidiária do grupo bancário francês dedicada a criptoativos, lançou uma stablecoin em euro, a EUR CoinVertible (EURCV), ainda em 2023.
Desde então, dez grandes bancos europeus (ING, UniCredit, Banca Sella, KBC, Danske Bank, DekaBank, SEB, CaixaBank, Raiffeisen Bank International e BNP Paribas) anunciaram o lançamento, no segundo semestre de 2026, de uma “stablecoin” lastreada no euro para propor “uma alternativa em um mercado dominado pelos Estados Unidos”.
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