Alimentos devem permanecer caros nos EUA, dizem especialistas
Publicado 05/01/2025 • 07:47 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/01/2025 • 07:47 | Atualizado há 2 meses
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A inflação dos Estados Unidos vem desacelerando gradualmente nos últimos dois anos, apesar de ter apresentado uma leve estagnação em outubro e novembro. Os preços de itens como gasolina, carros usados e energia já diminuíram. No entanto, os preços dos alimentos continuam a superar a inflação no país, acumulando um aumento de 28% desde 2019.
Mais de 85% dos consumidores americanos relatam frustração com o aumento dos preços nos supermercados, e mais de um terço afirma ter reduzido a quantidade de produtos comprados para economizar, segundo uma pesquisa de 2024 da RR Donnelley.
Apesar disso, especialistas acreditam que os altos preços dos alimentos vieram para ficar.
“Uma vez que o preço dos alimentos sobe, tende a permanecer alto”, explica Claudia Sahm, economista-chefe da New Century Advisors. “A inflação pode desacelerar, o que significa que você não verá aumentos tão grandes nos preços. Mas, fora um cenário de depressão econômica generalizada, não costumamos ver uma queda nos preços de forma abrangente.”
Os especialistas também questionam se as políticas públicas podem ter algum impacto significativo nos preços dos alimentos.
“Realmente não há muito que os formuladores de políticas governamentais possam fazer a respeito disso”, afirma Jason Miller, professor de gestão da cadeia de suprimentos na Michigan State University. “Isso não é algo exclusivo dos Estados Unidos. É uma realidade sentida em todo o mundo, e, no momento, só podemos esperar para ver como as coisas vão se desenrolar.”
As incertezas introduzidas pelo cenário político atual tornam ainda mais difícil prever os rumos dos preços dos alimentos.
“Não há dúvidas de que tarifas alfandegárias tornam as coisas muito mais caras, especialmente os alimentos”, destaca Rakeen Mabud, economista-chefe do Groundwork Collaborative, um grupo progressista de defesa de políticas públicas.
“O mesmo acontece com deportações em massa. Temos trabalhadores neste país que sustentam nosso sistema alimentar, e quando você prejudica essa força de trabalho e os envia embora, isso impacta toda a nossa economia”, complementou.
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