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Mercosul quer acelerar 11 acordos após novo adiamento com a União Europeia
Publicado 20/12/2025 • 10:14 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 20/12/2025 • 10:14 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Governo ainda acredita no acordo Mercosul UE EVARISTO SA / AFP
Governo ainda acredita no acordo Mercosul UE EVARISTO SA / AFP
O Mercosul passou a defender a aceleração de outras negociações comerciais após mais um adiamento do acordo de livre comércio com a União Europeia. O bloqueio ocorreu no Conselho Europeu, após a formação de uma minoria contrária à assinatura imediata do tratado, negociado há quase 25 anos.
Diplomatas brasileiros avaliam que o ônus político do atraso recai novamente sobre os europeus. Em 2019, o entrave envolveu questões ambientais. Desta vez, a resistência partiu de países que exigem maior proteção ao agronegócio europeu, como França e Itália.
Nos bastidores, representantes do Mercosul defendem que o bloco concentre esforços em parceiros dispostos a concluir acordos. Atualmente, há ao menos 11 países em negociação, em diferentes estágios, além de tratativas para modernizar pactos já existentes.
O acordo mais próximo de conclusão, além da UE, é com os Emirados Árabes Unidos, sob coordenação do Paraguai. A expectativa é finalizar as rodadas em 2025, embora o governo reconheça que ainda existem pontos técnicos pendentes.
Apesar da dimensão do acordo com a UE — que envolve um mercado de 720 milhões de pessoas e PIB de US$ 22 trilhões —, o Mercosul busca diversificar sua estratégia comercial. Em 2024, o bloco assinou acordo com o Panamá e, em 2023, com Singapura. Neste ano, concluiu negociações com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA).
Também estão em curso discussões para atualizar acordos com Índia, Egito, Equador e Colômbia, incluindo mudanças em regras de origem e ampliação de produtos contemplados.
O Mercosul avalia iniciar negociações com Reino Unido e Malásia. Na Ásia, países da ASEAN, como Vietnã e Indonésia, demonstraram interesse em avançar nas tratativas. O bloco também retomou negociações com o Canadá após mudanças no cenário comercial global.
O governo brasileiro defende ainda uma parceria estratégica com o Japão, com a expectativa de formalizar negociações de um acordo de livre comércio após a assinatura de uma declaração conjunta.
O Uruguai pressiona por maior flexibilidade para negociações em diferentes velocidades dentro do Mercosul, com apoio da Argentina. A proposta permitiria acordos bilaterais em fases distintas entre os sócios.
Brasil e Paraguai, porém, resistem à ideia e defendem manter as negociações em bloco, conforme as regras fundacionais do Mercosul. Assunção também exige ausência de condicionantes políticas em tratativas com a China, mantendo sua relação diplomática com Taiwan.
Paralelamente às negociações comerciais, o Mercosul registrou avanços na renovação do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), tema prioritário da presidência brasileira do bloco. Desde 2006, o fundo financiou cerca de 60 projetos, com aproximadamente US$ 1 bilhão em recursos não reembolsáveis.
Na 67ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum, também houve progresso na agenda digital, incluindo a negociação de uma declaração sobre proteção da infância em ambientes digitais, além de propostas como o programa Mercosul Verde.
Outra frustração recente envolveu o adiamento da assinatura de um memorando de entendimento entre o Mercosul e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid). O acordo foi aprovado, mas a assinatura foi postergada por questões logísticas e deve ocorrer em Montevidéu, sede do bloco.
Com múltiplas frentes abertas, o Mercosul busca reduzir sua dependência de um único acordo e ampliar sua inserção comercial em diferentes regiões do mundo.
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