Transação energética é um dos temas urgentes em Davos; veja o impacto dos carros elétricos no debate
Publicado 16/01/2025 • 14:11 | Atualizado há 3 meses
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KEY POINTS
Os veículos eléctricos serão o futuro e a maior produção deste tipo de transporte vai beneficiar o mundo. A declaração é Jeremy Jurgens, diretor-geral do Fórum Econômico Mundial. Segundo ele, para se cumprir as metas para 2030 em torno da descarbonização e evitar o pico de carbono, além de carbono zero até 2050 ou 2060, é preciso mais produção de carros elétricos que temos hoje.
“Então, na medida em que realmente tivermos altos níveis de produção e quando realmente obtivermos benefícios de escala com a redução de custos, haverá um benefício global. Agora, por outro lado, isso é extremamente perturbador para os fabricantes tradicionais que não fizeram a transição dos motores de combustão interna para os veículos elétricos”, diz.
Para Jurgens, é bastante claro que o futuro estará nos veículos elétricos. Ele também observou que a China não é a única grande economia que fez investimentos e políticas industriais para apoiar o desenvolvimento de tecnologias verdes. “Se olharmos para todos os países, para todas as principais economias, Europa, EUA, Chin, fizeram investimentos”. Mas a taxa de crescimento da utilização de veículos elétricos na China é realmente alta e provavelmente cresce mais rápido em qualquer lugar do mundo, avalia.
O Fórum Econômico começa no próximo dia 20 de janeiro. Realizado na cidade de Davos, na Suíça, o encontro reúne ministros, presidentes de grandes empresas e líderes de organizações não governamentais para discutir soluções para os problemas mais urgentes da atualidade. O Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC terá uma cobertura especial, in loco, diretamente da diretamente da Suíça, com todos os detalhes desse encontro global.
Dominique Turpin, presidente da Europe-China Business School, destaca como os tradicionais polos de produção de veículos, desdenharam da habilidade chinesa de avançar com a eletrificação dos meios de transporte terrestres. “As empresas, especialmente as europeias, subestimaram a capacidade da China de inovar tão rapidamente, o que acho que deixou todos um pouco desconfortáveis, porque as empresas chinesas também são capazes de produzir, quebrando a regra tradicional, com exceção da Tesla. A reação natural dos antigos players europeus é primeiro se proteger e defender a tecnologia antiga. Espero que, por meio da comunicação mútua, possamos nos entender melhor e possamos todos prosperar”, diz.
Mark Fields, ex-presidente global da Ford Motors e consultor da CNBC, nos Estados Unidos, prevê uma alavancagem na produção chinesas dos veículos recarregáveis, enquanto – segundo o executivo – mercados como o europeu e o americano, seguirão mais “conservadores”.
Nos Estados Unidos, segundo Fields, se viu um pequeno crescimento dos carros elétricos, na participação de mercado. “Quando fecharmos os livros fiscais para o ano seguinte, deveremos ter cerca de 8% de participação de mercado. O quarto trimestre será provavelmente de cerca de nove por cento, talvez 9,5%, porque muitas pessoas aproveitarão os incentivos para veículos elétricos, que podem ser cancelados, dependendo do governo Trump. Portanto, o crescimento na Europa e nos EUA continua, mas em um ritmo muito mais moderado.
Mark Fields, que liderou a sede de uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo destaca que a mudança no perfil de produção de veículos, na China, deve afetar drasticamente as fábricas que ainda não conseguiram se adaptar para a nova realidade. “Acredito que a China continuará a se concentrar em muitas exportações, pois tem muito mais capacidade de produção de veículos elétricos do que apetite na demanda doméstica. Acho que continuaremos a vê-los adotar táticas de crescimento agressivas em lugares como Europa, América do Sul, etc.”
E, é claro: a grande questão é o que vai acontecer aqui nos Estados Unidos com o aumento das tarifas. Não os vejo entrando no mercado americano tão cedo, mas vejo que os carros elétricos chineses continuarão se expandindo. A China vai continuar sendo muito agressiva, globalmente, em termos de crescimento. O país vai colocar fábricas em lugares como a Europa e a América do Sul para aliviar parte da pressão tarifária. Mas eles são formidáveis e esse é um grande desafio para todo o setor.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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