Publicado 19/01/2025 • 21:35
KEY POINTS
Donald Trump em 19 de janeiro de 2025.
Jim Watson / AFP
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prometeu neste domingo (19) que vai assinar um grande volume de ordens executivas (um tipo de medida que prescinde de autorização do Congresso) logo em seus primeiros dias no governo.
De acordo com a MSNBC, serão pelo menos 50 ordens executivas, mas o número pode ser bem maior –eventualmente, até 100.
Trump fez um comício no mesmo ginásio onde parte da festa da posse deverá acontecer na segunda-feira (20), durante a posse.
Ele disse que as primeiras ordens executivas serão para combater o que ele chama de “invasão” de imigrantes na fronteira com o México.
“A partir de amanhã, agirei com velocidade e força históricas para resolver todas as crises que nosso país enfrenta”, disse Trump a uma multidão.
O republicano foi acompanhado no palco por Elon Musk — o magnata da tecnologia que liderará uma grande campanha de corte de custos em sua administração —, que prometeu realizar “grandes feitos” e tornar os EUA fortes “por séculos”.
O discurso focou na imigração, reforçando as mensagens que impulsionaram sua notável vitória nas eleições presidenciais de novembro.
“Vamos parar a invasão de nossas fronteiras”, disse Trump, cuja administração já indicou planos de lançar operações contra migrantes indocumentados nos primeiros dias de governo.
O bilionário também criticou o “governo fracassado” do presidente democrata Joe Biden, que está deixando o cargo.
O comício contou com o apoio de celebridades, incluindo o ator Jon Voight e o músico Kid Rock, que prestaram homenagens elogiosas a Trump.
Enquanto se prepara para retornar à Casa Branca na segunda-feira, o futuro comandante-chefe dos EUA fez uma visita altamente simbólica ao Cemitério Nacional de Arlington, onde estão enterrados os soldados americanos mortos em combate.
Usando sobretudo preto, gravata vermelha e luvas pretas, Trump depositou uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, acompanhado pelo vice-presidente eleito J.D. Vance.
A cerimônia solene contrastou com a última visita de Trump ao cemitério como candidato presidencial em agosto, quando o exército dos EUA criticou sua equipe por pressionar um funcionário do local.
Trump tem tido uma relação conturbada com as Forças Armadas e, embora frequentemente exalte seu apoio aos militares, ele teria zombado dos mortos em combate enquanto era presidente, segundo seu ex-chefe de gabinete.
As esperanças de Trump de atrair uma grande multidão para assistir à sua posse no Capitólio dos EUA na segunda-feira sofreram um revés, no entanto, quando previsões de clima gelado levaram os organizadores a mover a cerimônia para dentro de um espaço fechado.
Em vez de ser empossado nos degraus do Capitólio, Trump agora fará o juramento sob a enorme cúpula de sua Rotunda, último local usado para a cerimônia há 40 anos, durante a posse de Ronald Reagan.
“Vocês ouvirão o presidente Trump falar sobre como estamos entrando em uma Era de Ouro da América” em seu discurso de posse, disse sua futura secretária de imprensa, Karoline Leavitt, ao programa America’s Newsroom, da Fox News.
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