Usuários do Instagram estão se queixando esta semana que estão sendo forçados pelo Meta a seguir as contas de mídia social do presidente Donald Trump.
Em uma postagem no Threads na quarta-feira, um representante do Meta afirmou que os usuários estão vendo postagens de @POTUS, @VP e @FLOTUS porque essas contas são transferidas quando ocorre uma transição presidencial nos EUA.
“Não houve obrigatoriedade de seguir automaticamente nenhuma das contas oficiais do Facebook ou Instagram para o Presidente, Vice-Presidente ou Primeira-Dama”, escreveu Andy Stone, porta-voz do Meta. “Essas contas são gerenciadas pela Casa Branca, então, com uma nova administração, o conteúdo nessas páginas muda.”
Usuários que já seguiam as contas continuam a segui-las, assim como as contas arquivadas da administração anterior, quando ocorre a transição de poder, conforme confirmou o Meta em um e-mail. Isso inclui a conta @WhiteHouse.
A posse de Trump, na segunda-feira, marcou a terceira transferência de uma administração para outra. A administração Obama, que criou muitas das contas usadas hoje, tratou dessa questão em uma postagem de blog antes das eleições de 2016, que Trump também venceu.
“Na Instagram e Facebook, a Casa Branca que assume ganhará acesso ao nome de usuário da Casa Branca, URL, e reterá os seguidores, mas começará sem conteúdo no timeline”, escreveu a administração Obama. “Um arquivo de conteúdo da Casa Branca, publicado no Instagram e Facebook da Casa Branca Obama, continuará acessível ao público em Instagram.com/ObamaWhiteHouse e Facebook.com/ObamaWhiteHouse.”
A administração Obama acrescentou que todas as postagens e materiais criados pelas contas seriam preservados pelo National Archives and Records Administration e que novas contas seriam criadas para preservar o conteúdo.
Postagens das contas usadas anteriormente pelo ex-presidente Joe Biden, ex-vice-presidente Kamala Harris e ex-primeira-dama Jill Biden foram transferidas para @potus46archive, @vp46archive e @fotus46archive, respectivamente.
A conversa política aumentou nas plataformas do Meta após uma série de ações tomadas pelo CEO Mark Zuckerberg, que pareceram ser voltadas para apaziguar o presidente Trump.
Zuckerberg doou US$ 1 milhão para a posse de Trump e participou do evento em Washington, D.C., até co-hospedando uma recepção comemorativa.
Neste mês, Zuckerberg anunciou várias mudanças políticas para o Meta, incluindo a eliminação da verificação de fatos de terceiros e o fim do programa de diversidade, equidade e inclusão da empresa. A empresa também nomeou Joel Kaplan, um ex-funcionário republicano da Casa Branca, como novo chefe de políticas, e Zuckerberg, em uma aparição no podcast de Joe Rogan, falou sobre os benefícios da masculinidade.
“Acho que ter uma cultura que celebra a agressão de maneira um pouco mais pronunciada tem seus próprios méritos”, disse Zuckerberg no podcast.
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e traduzido do inglês para o português pelo Times Brasil. A CNBC não possui nenhuma responsabilidade por esta tradução.
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