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Brasil

Com alta de importações, Brasil tem maior déficit em contas externas desde 2019 em valor nominal

Publicado 24/01/2025 • 21:24 | Atualizado há 3 meses

Redação Times Brasil, com agências

KEY POINTS

  • O Brasil registrou déficit de US$ 55,966 bilhões na conta corrente em 2024, equivalente a 2,55% do PIB, maior percentual desde 2019, segundo o Banco Central.
  • A piora no saldo foi motivada pela queda no superávit comercial, aumento das importações e expansão do déficit em serviços, especialmente em propriedade intelectual e transporte.
  • Apesar disso, o déficit foi financiado por capitais de longo prazo, com destaque para investimentos diretos, que atingiram estoque recorde de US$ 1,5 trilhão.
Fachada do Banco Central do Brasil

Fachada do Banco Central do Brasil

Marcello Casal Jr/Agência Brasi

O Brasil teve déficit de US$ 55,966 bilhões na conta corrente em 2024, o equivalente a 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira, 24.

“De modo geral, o que motivou foi o aumento da demanda por bens e serviços do exterior, o que pode ser visto nos dados da balança comercial e na conta de serviços”, explicou o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini.

  • O BC esperava déficit de US$ 54,0 bilhões, ou 2,5% do PIB, em 2024.
  • O déficit do ano passado foi o maior, em termos nominais, desde 2019, quando o saldo das transações correntes foi negativo em US$ 65,001 bilhões. Em proporção do PIB, é também o maior déficit desde 2019 (3,41%).

A piora na comparação interanual é resultado da queda de US$ 26,1 bilhões no superávit comercial, em razão, principalmente, do aumento das importações. Também contribuiu para o saldo negativo nas transações correntes o aumento no déficit em serviços, em US$ 9,8 bilhões. Os resultados foram compensados parcialmente pela redução de US$ 4,1 bilhões no déficit de renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) e pelo aumento no superávit de renda secundária, US$ 367 milhões.

Segundo o Banco Central, as transações correntes têm cenário bastante robusto e vinham com tendência de redução no déficit, que se inverteu a partir de março de 2024 com a expansão da demanda interna. Ainda assim, o déficit externo está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos investimentos diretos no país, que têm fluxos de boa qualidade e estoque recorde de US$ 1,5 trilhão.

Segundo o BC, há crescimento na corrente de comércio de serviços, com diversificação na conta. Na comparação interanual, uma das maiores altas foi no déficit em serviços de propriedade intelectual, ligados a serviços de streaming e venda de softwares.

Serviços de telecomunicação, computação e informações, também puxados por operações por plataformas digitais, também estão nessa conta.

Outro destaque são as despesas líquidas com transportes, resultado dos aumentos na corrente de comércio e no preço dos fretes.

Balança comercial, conta de serviços, conta financeira

  • Em 2024, a balança comercial teve superávit de US$ 66,218 bilhões, segundo a metodologia do BC.
  • A conta de serviços teve déficit de US$ 49,707 bilhões.
  • A conta de renda primária ficou negativa em US$ 75,403 bilhões.
  • A conta financeira teve déficit de US$ 80,916 bilhões.

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