Donald Trump

CNBC Casa Branca “perto da linha de chegada” em alguns acordos comerciais, diz vice-secretário

Brasil

Saiba por que as empresas estão pagando pelos dados da íris das pessoas

Publicado 27/01/2025 • 18:40 | Atualizado há 4 meses

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O Projeto World deseja coletar dados da íris das pessoas para fins de identificação e reconhecimento.
  • As empresas vislumbram um futuro dominado por tecnologias de Inteligência Artificial, e a identificação como ser humano é essencial.
  • Os benefícios futuros da coleta dos dados da íris ainda podem ser difíceis de se reconhecer, e esse projeto ainda é tratado com desconfiança.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados proibiu, na última sexta-feira (24), que a empresa Tools for Humanity (TFH) colete e cadastre dados da íris de brasileiros em troca de criptomoedas ou outra compensação financeira. Segundo a agência, o oferecimento de recursos fere o princípio do consentimento, essencial para a pessoa que aceite ser cadastrada no banco de dados.

A polêmica levantou o questionamento sobre as intenções da empresa com o Projeto World, que começou a escanear os rostos dos brasileiros em novembro.

Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o professor Carlos Affonso Souza explicou a motivação do projeto. Segundo o especialista, as empresas já visualizam um futuro dominado pelas inteligências artificiais e, nesse contexto, será importante reconhecer o indivíduo como um ser humano único. A íris é uma maneira eficiente de garantir essa identificação.

“É uma empresa que procura oferecer um um serviço para um futuro que ainda não chegou. O objetivo da empresa é garantir que você é um humano. Se começarmos a olhar para um futuro muito próximo, em que cada vez mais vamos dialogar e interagir com robôs, saber que quem está do outro lado da tela é um humano é essencial”, afirmou.

Carlos Affonso também diz que as pessoas que se dispõem a ter suas íris escaneadas talvez tenham dificuldade de entender os benefícios e riscos desse processo. “Talvez num futuro não muito distante, essa forma de identificar quem é humano seja uma vantagem competitiva para essa empresa norte-americana”, disse ele.

MAIS EM Brasil