Fed mantém taxa de juros inalterada em 4,25% a 4,50% após três cortes seguidos

O Federal Reserve (Fed) decidiu manter sua taxa de juros básica no intervalo de 4,25% a 4,50% após três cortes consecutivos. A decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado. A medida ocorre em meio a incertezas sobre as políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que podem ter efeitos inflacionários.

O Fed indicou que continuará monitorando novos dados econômicos e ajustando sua política monetária conforme necessário. Em comunicado, a instituição afirmou que os riscos para alcançar suas metas de emprego e inflação estão equilibrados, e que a economia segue se expandindo de forma consistente, embora a inflação ainda esteja acima da meta.

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) estará preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos à meta de inflação e ao emprego nos EUA.

“As avaliações do Comitê levarão em consideração uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desdobramentos financeiros e internacionais”, menciona o documento divulgado nesta quarta-feira.

Em um discurso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que a decisão de juros desta quarta-feira visa manter o emprego em alta e preços estáveis para o povo americano.

“A economia está forte de maneira geral e fez progressos nos últimos dois anos. As condições do mercado de trabalho esfriaram e estão sólidas. A inflação se aproximou da nossa meta de 2%, ainda que esteja com alguma alta”, afirmou.

“Os indicadores mostram que a economia se expandiu. Em 2024, o PIB subiu mais de 2%. O investimento caiu no último trimestre, mas foi forte no ano. A atividade de construção estabilizou. No mercado de trabalho, há uma solidez. De maneira geral, os indicadores mostram que o mercado de trabalho está balanceado”, disse o presidente do Fed.

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