Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
‘Os supermercados estão planejando compras mais longas para se proteger da inflação’, diz vice-presidente da Abras
Publicado 31/01/2025 • 21:22 | Atualizado há 7 meses
Secretário de Comércio confirma que governo dos EUA é dono de 10% das ações da Intel
Meta fecha acordo com Google Cloud de mais de US$ 10 bilhões
Texas Instruments anuncia Megaprojeto de US$ 60 bilhões onde a Apple fará chips para iPhone
Agentes do FBI realizam busca na casa de John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump
Você é inteligente o suficiente para investir em ativos privados? Criar um teste para investidores é um desafio, dizem especialistas
Publicado 31/01/2025 • 21:22 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
O consumo nos lares brasileiros apresentou um crescimento de 3,7% em 2024, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento no emprego e na renda, além de benefícios sociais como o Bolsa Família e o auxílio gás, que ajudaram as famílias a se organizarem financeiramente.
Marcio Milan, vice-presidente da Abras, afirmou: “Esse crescimento foi extremamente positivo e crescente ao longo do ano, com destaque para os meses de novembro e dezembro. Nesse período, o 13º salário e os benefícios ajudaram a impulsionar ainda mais as compras”. A pesquisa realizada pela Abras abrange todos os produtos comercializados em supermercados, como alimentos, bebidas e itens de higiene.
Milan também destacou que, devido à inflação de alimentos, o comportamento do consumidor mudou. “Observamos que houve uma troca nas proteínas, com os consumidores optando mais pelo frango em vez da carne bovina, que sofreu aumento de preço. Além disso, houve um aumento no consumo de marcas próprias, que oferecem preços mais acessíveis em comparação com as marcas líderes”, afirmou ele.
Em relação ao impacto da inflação, o vice-presidente da Abras comentou: “Produtos como o óleo de soja e o café tiveram aumentos significativos, enquanto itens como feijão e tomate apresentaram quedas nos preços. No entanto, os aumentos foram maiores que as quedas, o que ainda pressiona o orçamento das famílias”.
Sobre a inflação de alimentos, Milan disse: “O aumento da taxa de juros, por exemplo, vai ter um reflexo mais adiante, principalmente pela compra mais planejada dos supermercados. Eles têm feito uma compra mais longa, antecipando as tendências de aumento de preço”.
A questão da inflação de alimentos e a pressão sobre os preços nos supermercados também são discutidas pelo setor. Milan ressaltou: “A margem de lucro dos supermercados é muito pequena, o ganho vem do volume de vendas. Quando há inflação, as negociações com as indústrias se tornam mais tensas, pois sempre há a necessidade de manter os preços baixos”.
O setor supermercadista brasileiro está em diálogo com o governo federal para encontrar soluções para controlar a inflação e melhorar a eficiência operacional. “Houve uma reunião com o presidente Lula e ministros, onde discutimos a produtividade do setor e a melhoria das cadeias de abastecimento, além de propostas para diminuir os impactos da inflação nos preços”, disse Milan.
Mais lidas
Acordo inédito para exportação de sorgo abre nova fronteira para o agronegócio brasileiro
Programa Conecta gov.br alcança economia estimada de R$ 3 bilhões no primeiro semestre de 2025 com integração entre sistemas
CCJ do Senado pauta PEC da autonomia financeira do Banco Central para 20 de agosto
China criticou o vício em “blind boxes” — mas isso não deve abalar a fabricante dos bonecos Labubu
Paramount ‘trola’ fãs ao exibir Missão: Impossível – O Acerto Final ‘de graça’ no YouTube; entenda