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Disney supera previsões de lucro, mas perde assinantes do Disney+
Publicado 05/02/2025 • 11:23 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 05/02/2025 • 11:23 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Foto: Divulgação
A Disney divulgou, nesta quarta-feira (5), os resultados do primeiro trimestre fiscal, que superaram as expectativas de lucro, mas revelou o início da perda esperada de assinantes de streaming no Disney+.
O setor de streaming da empresa reportou outro trimestre de rentabilidade, apesar da queda de 1% no número de assinantes do Disney+, o serviço principal da empresa. Enquanto as assinaturas domésticas da plataforma aumentaram cerca de 1%, os números internacionais caíram cerca de 2%.
A Disney já havia alertado em seu relatório do quarto trimestre fiscal, em novembro, que esperava uma “modesta queda” nas assinaturas no período de dezembro. Nesta quarta, a empresa informou aos investidores que espera outra “modesta queda” nas assinaturas durante o segundo trimestre.
O total de assinantes pagos do Disney+ é de 124,6 milhões, em comparação com 125,3 milhões no final do quarto trimestre fiscal da empresa. O total de assinantes do Hulu aumentou 3% no período, atingindo 53,6 milhões.
Ainda assim, a receita média mensal por assinante pago do Disney+ aumentou cerca de 4%, para US$ 7,99, devido ao aumento de preços, informou a empresa. As ações da Disney subiram cerca de 1% no pregão antes da abertura.
Veja o que a Disney reportou para o período encerrado em 28 de dezembro, comparado com as expectativas de Wall Street, segundo a LSEG:
O lucro líquido da Disney aumentou quase 23%, para US$ 2,64 bilhões, ou US$ 1,40 por ação, contra US$ 2,15 bilhões, ou US$ 1,04 por ação, no mesmo trimestre do ano passado. Ajustando para itens extraordinários, incluindo custos de reestruturação e perdas relacionadas a ativos intangíveis do Hulu, a Disney reportou um lucro ajustado de US$ 1,76 por ação.
A receita aumentou 4,8%, para US$ 24,69 bilhões, em comparação com US$ 23,55 bilhões no período do ano anterior. A empresa viu aumentos de receita em todos os seus segmentos: entretenimento, esportes e experiências.
O segmento de entretenimento viu um aumento de 9% na receita, atingindo US$ 10,87 bilhões. O lucro operacional da unidade, que inclui os negócios de vendas de conteúdo, serviços diretos ao consumidor, linear e vendas de conteúdo, aumentou 95%, para US$ 1,7 bilhão no trimestre, graças às vendas de conteúdo e licenciamento mais altos. O segmento linear continuou a pesar nos resultados gerais.
“No primeiro trimestre fiscal, vimos um desempenho excelente de bilheteira de nossos estúdios, que tiveram os três filmes de maior sucesso de 2024”, observou o CEO Bob Iger no comunicado de resultados da empresa, nesta quarta-feira.
A estreia de “Moana 2”, durante o fim de semana de Ação de Graças, ajudou a levar a bilheteira a novos patamares. A sequência animada continuou forte nas bilheteiras até o Ano Novo, superando US$ 1 bilhão durante o fim de semana do Dia de Martin Luther King Jr. A empresa observou que as vendas de conteúdo/licenciamento e outras receitas operacionais tiveram um impulso com “Moana 2”.
No geral, a Disney dominou as bilheteiras em 2024, com a ajuda de outros filmes como “Deadpool & Wolverine”, da Marvel, e “Inside Out 2”, da Pixar.
A empresa disse que espera crescimento de dois dígitos na receita operacional do segmento de entretenimento no ano fiscal de 2025, com um aumento na receita operacional do segmento direto ao consumidor de cerca de US$ 875 milhões.
No seu segmento de experiências, que inclui parques, cruzeiros e resorts, bem como produtos de consumo, a receita aumentou 3% no trimestre, para US$ 9,42 bilhões.
A receita dos parques temáticos domésticos representou 68% do total da divisão, ou US$ 6,43 bilhões. Embora essa receita tenha marcado um aumento de 2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a combinação dos furacões Milton e Helene, juntamente com a queda na frequência e os investimentos na frota de navios de cruzeiro da Disney, impactou o lucro operacional doméstico.
A divisão de experiências teve uma queda de 5% no lucro operacional dos parques temáticos domésticos no trimestre, para US$ 1,98 bilhão. A Disney espera que o segmento de experiências tenha um crescimento de lucro operacional entre 6% e 8% no ano fiscal de 2025.
Os parques temáticos nos EUA recentemente experimentaram uma desaceleração no número de visitantes após o surto pós-Covid. O CFO da Disney, Hugh Johnston, disse nesta quarta no “Squawk Box” da CNBC que o segmento de experiências teve um desempenho melhor do que o esperado para o trimestre fiscal.
“Na verdade, o consumidor está um pouco mais forte do que esperávamos. Eu acho que o que estamos vendo é que os consumidores estão muito focados em valor, e se você entregar valor para eles, eles estão dispostos a pagar o preço por isso”, disse Johnston.
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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