Bradesco tem alta de 87,7% no lucro no 4T24; “Medimos o apetite ao risco”, diz CEO
Publicado 07/02/2025 • 11:04 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 07/02/2025 • 11:04 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Em teleconferência à investidores na manhã desta sexta-feira (7), o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, destacou os principais pontos do balanço da companhia no quarto trimestre de 2024.
No período, o banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 5,402 bilhões, resultado 87,7% superior ao mesmo período do ano anterior, e 3,4% maior que o do terceiro trimestre do ano passado. No ano de 2024, o lucro do banco aumentou 20%, atingindo R$ 19,554 bilhões.
Segundo Noronha, o resultado do Bradesco no 4º tri depende de três combinações. “A primeira é ter uma base de clientes sólida em todos os segmentos e alta penetração nessa base. Segundo: alta tração comercial, com processos azeitados, tanto no digital quanto no mundo físico. E o terceiro, são novos modelos de crédito, muito uso de machine learning, melhorando a cada dia, melhorando a cada dia, medindo o tempo todo o apetite ao risco e a precificação do portfólio”, disse o CEO.
“A gente naturalmente regula, o tempo todo, nosso apetite a risco. Quando a gente viu que ia para uma política monetária bem mais contracionista, a gente regulou isso lá no 4º tri”, acrescentou.
O ano foi marcado pela recuperação das margens do Bradesco, que voltou a crescer no setor de crédito. Além disso, a incorporação de uma participação maior da Cielo, que teve seu capital fechado em agosto do ano passado, impulsionou o crescimento das receitas com serviços.
O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 12,7% no quarto trimestre, um aumento de 5,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior, e de 0,3 p.p. em um trimestre. O Bradesco encerrou o ano de 2024 com R$ 2,127 trilhões em ativos, um crescimento de 8,3% em comparação anual. O patrimônio líquido foi de R$ 162,661 bilhões, uma queda de 0,2% em um ano.
A margem com clientes, que representa o ganho em operações de crédito, teve um aumento de 4,7% em um ano, chegando a R$ 16,153 bilhões, e um aumento de 3,3% em um trimestre. Na tesouraria, o resultado foi de R$ 842 milhões, uma alta de 21% no comparativo anual.
A margem financeira total aumentou 5,4% em relação ao quarto trimestre de 2023, alcançando R$ 16,995 bilhões. Em um trimestre, houve um aumento de 6,2%.
A carteira de crédito do Bradesco fechou o trimestre em R$ 981,692 bilhões, um aumento de 11,9% em um ano, e de 4% em relação ao trimestre anterior. O impulso veio das operações para grandes empresas, que subiram 17,9% em um ano, totalizando R$ 314,773 bilhões. A inadimplência estava em 4,0%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, uma redução de 1,1 p.p. em um ano.
O Bradesco espera que a carteira de crédito cresça entre 4% e 8% neste ano, um ritmo inferior ao observado em 2024. No ano passado, a expansão foi de 11,9%, acima do teto da projeção fornecida pelo banco ao mercado, que era de 11%.
Para a margem financeira líquida, a previsão do banco é de número entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. O número não é comparável ao do guidance do ano passado, porque até então, o Bradesco fornecia projeção para a margem bruta, ou seja, sem a dedução das despesas com provisões contra a inadimplência.
Com o novo guidance, também foi descontinuada a projeção para as provisões contra a inadimplência. No ano passado, as despesas do banco nessa linha foram de R$ 29,7 bilhões, abaixo dos R$ 35 bilhões a R$ 39 bilhões previstos, diante do crescimento concentrado em linhas com garantias.
Na receita com serviços, a previsão do banco é crescer também de 4% a 8% em 2025. No ano passado, a alta ficou em 7,6%, ou em 5,2% se excluídos da conta os números da Cielo que o Bradesco passou a consolidar no segundo semestre.
As despesas operacionais do banco devem ter alta entre 5% e 9% neste ano, após crescerem 9,3% (8,1% sem a Cielo) em 2024. Já as operações de seguros devem ter resultado de 6% a 10% maior, após o crescimento de 7,5% registrado no ano passado.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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