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Trump escreveu ‘The Art of the Deal’. Mas, qual é o seu “deal”?
Publicado 12/03/2025 • 11:50 | Atualizado há 2 meses
        
        
                            
                    
                    
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Publicado 12/03/2025 • 11:50 | Atualizado há 2 meses
                            O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (e), e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, antes de uma mesa redonda da Otan, em 2019
Foto: FRANK AUGSTEIN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Gostando ou não do seu estilo, é preciso reconhecer que existe estrutura no meio do aparente caos que é o comportamento de Donald Trump. Não é necessário ir muito longe para entender suas ideias: está tudo ali, nas cerca de 370 páginas do livro The Art of the Deal, publicado em 1987.
Em suas próprias palavras: “meu estilo de negociação é muito simples e direto. Eu miro muito alto, e depois sigo empurrando, empurrando e empurrando, até conseguir o que quero. Algumas vezes aceito terminar com menos do que gostaria, mas na maioria dos casos acabo chegando aonde queria”. Esse é o modelo mental do presidente norte-americano, um pensamento enraizado ao longo dos seus quase 80 anos de vida. As chances para que ele mude a forma de agir, a essa altura, são nulas. Para Trump, qualquer situação é um jogo de pôquer cuja receita para ganhar sempre é simples: basta seguir 11 ingredientes, todos descritos no capítulo 2.
O primeiro deles é pensar grande: Trump Gaza? Por que não?
Na série de elementos que vêm na sequência, alguns são emblemáticos. Maximize as suas opções, ensina Trump. “Eu nunca fico preso a uma transação ou a uma única abordagem”, escreve. Se a melhor transação significa mudar de ideia, posição ou método de negociação, ele o fará sem qualquer constrangimento. Hoje defende que “tarifas” é a palavra mais bonita do dicionário; amanhã as posterga por um mês, depois por outro, até eventualmente (esperemos) deixar de achar que a palavra é tão bonita assim. Num dia Zelenskyy é ditador; no outro, nem lembra de tê-lo dito.
Outro mandamento: “Mantenho muitas bolas no ar ao mesmo tempo, pois muitas transações, apesar de muito promissoras, acabam não acontecendo”. Não se surpreenda, portanto, com ordens executivas brotando às pencas.
Comunique-se, e o tempo todo, diz Trump. Se ele tivesse conhecido o apresentador Chacrinha, teria se apropriado da expressão “quem não se comunica, se trumbica”. De acordo com o presidente, se você mesmo não fizer a publicidade do que deseja vender, seu produto não terá valor de mercado nenhum. Não é à toa que Trump usa as redes sociais como ninguém. Nem que, cada ato, por menor que seja, vire uma conferência global de imprensa.
Para o gestor de risco ou investidor que quer ganhar – e, tão ou mais importante, não perder – dinheiro no mercado nos próximos quatro anos, o elemento mais importante que se deve entender sobre a estrutura mental de Donald Trump é o seguinte: ele não tem medo, e muito menos pudor, em explorar a fraqueza do adversário para além de qualquer limite. “Use as suas vantagens”, ensina. “Ter vantagem sobre alguém é ter algo que o outro lado quer. Ou, melhor ainda, é ter algo que o outro lado não pode viver sem.”
Trump acredita que México e Canadá não podem viver sem o mercado consumidor norte-americano e, portanto, vai insistir na cobrança de tarifas alfandegárias. Como acredita que a Ucrânia não consegue sair da guerra sem o seu apoio, vai simplesmente retirá-lo. E, mais importante do que tudo isso: não se espante se ele deixar de acreditar em tudo isso de hoje para amanhã.
Seu objetivo é ganhar, sempre. A grande pergunta é: ganhar o quê? No seu primeiro mandato, Trump queria cavar o segundo. E agora? Por enquanto, Trump está se espelhando na experiência de Javier Milei na Argentina: todos os ajustes ao mesmo tempo, sem dó, mesmo que tenha que alienar parte do eleitorado que o elegeu. Até quando?
Quem entender seu objetivo final corretamente e sem ideologia vai conseguir atravessar os próximos quatro anos com mais segurança – e mais dinheiro no bolso.
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