Cybertruck vira miniestúdio na SXSW: como uma empresária brasileira inovou no maior festival de criatividade do mundo

A South by Southwest (SXSW) segue a todo vapor em Austin, no Texas, reunindo grandes marcas, criadores de tendências e inovação em diversos setores. Mas entre as ativações grandiosas de grandes empresas, uma iniciativa brasileira tem chamado atenção de um jeito inusitado: um Tesla Cybertruck transformado em plataforma de entrevistas e networking.

A responsável pela ideia é Mari Galindo, CEO da Nice House, empresa da economia criativa focada em conectar grandes marcas com novos públicos. Com o objetivo de impactar líderes de marketing durante o festival, Mari lançou a ação “Free Ride for CMOs”, proporcionando passeios gratuitos para Chief Marketing Officers dentro do Cybertruck. O diferencial? Durante o trajeto, conversas informais sobre tendências e desafios do setor são registradas por um miniestúdio montado dentro do veículo.

Uma alternativa criativa para competir com grandes players

Mari já participou da SXSW outras vezes e percebeu que, para se destacar em meio a marcas gigantes com altos orçamentos, precisaria pensar fora da caixa. “Eu sei que alguns dos meus competidores têm mais dinheiro para oferecer festas e jantares. Mas pensei: o que podemos fazer que custe menos, mas gere tanto impacto quanto?”, explicou.

O Cybertruck surgiu como solução perfeita. O design futurista do veículo chama atenção naturalmente, criando uma vitrine móvel para a Nice House. O carro foi adesivado com a identidade visual da empresa e equipado com câmeras, incluindo um óculos de realidade aumentada que grava imagens do ponto de vista da empresária e uma câmera 360° para capturar todos os angulos.

Insights das lideranças de marketing

Com a proposta de proporcionar conexões valiosas, o projeto “Free Ride for CMOs” tem reunido executivos de grandes marcas e promovido debates sobre estratégias de marketing, tecnologia e comportamento do consumidor. Segundo Mari, um dos pontos altos foi a conversa com a CMO da Billboard, que revelou detalhes sobre os próximos festivais da marca. Outro tema recorrente no festival é o conceito de “bairros” e a importância das conexões interpessoais na saúde mental coletiva.

“A gente fala muito sobre saúde mental, mas sempre com foco no indivíduo. A futurista que entrevistei trouxe uma visão muito interessante sobre como criar vínculos e conexões é fundamental para o bem-estar”, destacou a CEO.

As conversas também trouxeram insights sobre a Geração Z e como marcas de bebidas estão adaptando suas estratégias para esse público. “Tivemos encontros com executivos que, além de discutir marketing, surpreenderam ao revelar talentos inusitados, como uma diretora de marketing que faz aulas de canto e soltou a voz dentro do carro.”

O futuro da Nice House e expansão da estratégia

Com sede no Brasil, a Nice House atua em duas frentes: criando estratégias de comunicação para grandes anunciantes e desenvolvendo produtos voltados para criadores de conteúdo. A experiência na SXSW tem reforçado o posicionamento da empresa como especialista em vídeos verticais e conteúdo para plataformas como TikTok e YouTube Shorts.

“Nosso objetivo é ajudar marcas a rejuvenescer sua base de consumidores e ampliar sua presença digital de forma autêntica”, explicou Mari. Durante o festival, além da ativação com o Cybertruck, a empresa também levou um influenciador para cobrir o evento focado em criadores de conteúdo.

A ação inovadora tem feito tanto sucesso que Mari já vislumbra expandi-la para outros grandes eventos ao redor do mundo. “Alguém me perguntou por que essa iniciativa não está em outro carro e eu disse: agora só depende de você para a próxima edição ser no seu”, brincou.

E o futuro da “carreta furacão” do marketing? Segundo Mari, qualquer lugar onde houver oportunidades para conexões relevantes. “Pode ser em São Paulo, no Coachella, em Cannes… onde nos chamarem, nós vamos.”

A South by Southwest continua revelando tendências e reafirmando que criatividade e inovação são essenciais para se destacar no mercado. E Mari Galindo e seu Cybertruck provaram que, para isso, não é preciso apenas um grande orçamento, mas sim uma grande ideia.

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