Israel faz ‘ataques extensivos’ à Faixa de Gaza; Hamas fala em mais de 400 mortos
Publicado 18/03/2025 • 07:48 | Atualizado há 5 horas
Publicado 18/03/2025 • 07:48 | Atualizado há 5 horas
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Pessoas em luto se reúnem ao redor dos corpos de palestinos que foram mortos no mais recente ataque aéreo do exército israelense contra a Faixa de Gaza, nesta terça-feira, 18 de março de 2025. O ataque lançado por Israel na madrugada desta terça-feira, 18, matou ao menos 235 pessoas, segundo hospitais do território palestino. O bombardeio ameaça colocar fim ao cessar-fogo entre o grupo Hamas e Israel que está em vigor há quase dois meses.
Foto: ABDEL KAREEM HANA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O ataque lançado por Israel contra a Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, 18, matou ao menos 235 pessoas, segundo hospitais do território palestino. O bombardeio ameaça colocar fim ao cessar-fogo entre o grupo Hamas e Israel que está em vigor há quase dois meses.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou ter ordenado o ataque por causa do impasse nas negociações pela segunda fase da trégua. “Israel vai, de agora em diante, agir contra o Hamas com força militar crescente”, informou o gabinete do premiê.
A Casa Branca disse ter sido consultada pelo governo de Israel antes do ataque, que acabou com um período de relativa calma durante o mês sagrado do Ramadan. “Como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os houthis, o Irã – todos aqueles que procuram aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos – terão um preço a pagar: o inferno”, afirmou Leavitt, em entrevista à Fox News.
A ofensiva também levantou questões sobre o futuro de cerca de 12 reféns israelenses que permanecem sob o poder do Hamas desde o início da guerra, em outubro de 2023.
Izzat al-Risheq, um dos líderes do Hamas, disse que a retomada do conflito representa uma “sentença de morte” para os reféns que permanecem na Faixa de Gaza. O militante afirmou ainda que Netanyahu lançou o ataque nesta terça para tentar salvar a coalizão que o mantém no poder em Israel.
O Ministério da Saúde em Gaza, sob controle do Hamas, afirmou que o número de mortos devido aos ataques mais intensos de Israel no território desde uma trégua em janeiro subiu para pelo menos 413.
“Até agora, 413 mártires chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza”, informou um comunicado do Ministério da Saúde, acrescentando: “Várias vítimas ainda estão sob os escombros e o trabalho está em andamento para resgatá-las.”
Hamas listou o chefe de seu governo na Faixa de Gaza, Essam al-Dalis, em uma lista de oficiais que, segundo afirmaram, foram mortos na onda de ataques ao território palestino.
“Esses líderes, junto com suas famílias, foram vitimados após serem diretamente alvos das aeronaves das forças de ocupação sionistas,” disse o comunicado do Hamas, que também citou o chefe do ministério do interior, Mahmud Abu Watfa, e Bahjat Abu Sultan, diretor-geral do serviço de segurança interna, entre os mortos.
Dalis, que era membro do bureau político do Hamas em Gaza, foi eleito para a liderança do movimento em Gaza em março de 2021 e tornou-se o chefe de sua administração em junho daquele ano.
A comunidade internacional tem expressado preocupação crescente sobre a intensificação do conflito e o alto número de vítimas civis. Organizações de direitos humanos e governos ao redor do mundo estão apelando por um cessar-fogo imediato e pela retomada das negociações de paz. A pressão internacional busca garantir a proteção dos civis e a prestação de ajuda humanitária às áreas mais afetadas.
Entidades internacionais estão também pressionando por investigações sobre possíveis violações de direitos humanos e instando todas as partes envolvidas a respeitarem as leis internacionais humanitárias. A esperança é que a diplomacia possa prevalecer, trazendo um alívio à população de Gaza e uma solução pacífica para o conflito em curso.
As famílias dos cativos israelenses em Gaza exigiram nesta terça-feira (18) que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “pare com o assassinato e desaparecimento dos reféns” após Israel lançar seus ataques mais mortais no território desde o cessar-fogo de janeiro.
“As famílias dos reféns exigem uma reunião esta manhã com o primeiro-ministro, o ministro da defesa e o chefe da equipe de negociação, na qual eles serão informados sobre como os reféns serão protegidos da pressão militar e como pretendem trazê-los de volta”, afirmou o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos em um comunicado.
“As famílias dos reféns exigirão: Parem agora com o assassinato e desaparecimento dos reféns! Primeiro, devolvam-nos –- depois, tudo o mais.”
As famílias dos cativos convocaram um protesto em frente ao escritório de Netanyahu em Jerusalém mais tarde nesta terça-feira (18).
Israel prometeu continuar lutando em Gaza até o retorno de todos os reféns enquanto realizava seus ataques mais intensos desde o início do cessar-fogo em 19 de janeiro.
“As famílias dos reféns têm implorado por reuniões com os funcionários públicos responsáveis pelo destino de seus entes queridos. Seus apelos não foram atendidos,” disseram as famílias em um comunicado.
“Agora fica claro –- os funcionários públicos não se encontraram com eles porque estavam planejando a explosão do cessar-fogo, o que poderia sacrificar seus familiares.”
Dos 251 reféns capturados durante o ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, 58 ainda estão em Gaza, incluindo 34 que o exército israelense afirma estarem mortos.
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