Um terço dos jovens americanos vive com os pais em meio à crise econômica
Publicado 17/11/2024 • 13:37 | Atualizado há 5 meses
Tarifas podem impactar preço das roupas: ‘No fim, ninguém ganha’, diz especialista
Influenciadora e empreendedora lucra milhões com óleo capilar
Inflação de tarifas é ‘transitória’, diz dirigente do Fed Christopher Waller
Pfizer abandona pílula diária para emagrecimento após lesão no fígado em paciente
Esta pequena cidade na região de Abruzzo, na Itália, está vendendo casas por 1 euro — sem necessidade de entrada
Publicado 17/11/2024 • 13:37 | Atualizado há 5 meses
Cerca de um terço dos jovens americanos entre 18 e 34 anos vive com pelo menos um dos pais.
Reprodução Pexels
Cerca de um terço dos jovens americanos entre 18 e 34 anos vive com pelo menos um dos pais, segundo o U.S. Census Bureau. Uma pesquisa de 2024 do Bank of America revelou que mais da metade dos adultos da Geração Z acredita que não ganha o suficiente para viver como gostaria, devido ao alto custo de vida. Essa situação reflete uma tendência que se manteve estável nos últimos anos, após um aumento significativo durante a pandemia.
Antes da pandemia, o aumento mais recente de jovens adultos morando com os pais ocorreu entre 2005 e 2015, coincidindo com a Grande Recessão. Joanne Hsu, professora associada de pesquisa na Universidade de Michigan, comentou: “Parte da razão pela qual vemos esse aumento de jovens que não saem de casa ou retornam é a dificuldade crescente em enfrentar choques econômicos”.
Choques econômicos, como a crise financeira de 2008, a Grande Recessão e a pandemia, afetam a estabilidade financeira e o mercado, impactando a renda, o emprego e o nível de endividamento das famílias. A pesquisa de 2024 do Bank of America destaca que muitos millennials e adultos da Geração Z não possuem poupança emergencial, agravando a situação financeira desses grupos.
Victoria Franklin, de 27 anos, é um exemplo dessa realidade. Ela voltou a morar com a mãe em Oceanport, Nova Jersey, após se formar em 2019. Inicialmente, trabalhou como bartender e garçonete até conseguir um emprego em sua área em Nova York, que exigia um deslocamento de duas horas. “Pensei que em seis meses me mudaria para a cidade, mas a pandemia mudou esses planos”, disse Franklin.
Embora morar com os pais possa trazer benefícios financeiros pessoais, especialistas alertam que essa tendência pode impactar negativamente a economia. Hsu comentou que “o que é bom para uma pessoa ou família pode não ser bom para a macroeconomia”. Um estudo do Federal Reserve de 2019 estimou que jovens que saem de casa gastam cerca de US$ 13 mil (cerca de R$ 79,9 mil) a mais por ano em habitação, alimentação e transporte.
Essa situação levanta questões sobre o futuro econômico dos jovens adultos e a sustentabilidade desse modelo de vida. Com o aumento dos custos de vida e a dificuldade de acumular poupança, muitos jovens optam por permanecer na casa dos pais como uma estratégia para alcançar estabilidade financeira. No entanto, essa escolha pode ter implicações de longo prazo para o mercado imobiliário e o consumo, afetando o crescimento econômico.
A discussão sobre como equilibrar as necessidades individuais com o impacto econômico mais amplo continua a ser um tema relevante para economistas e formuladores de políticas. A tendência de jovens adultos permanecerem na casa dos pais é um reflexo das condições econômicas atuais e das dificuldades enfrentadas por essa geração em busca de independência financeira.
Mais lidas
Em meio a tarifas de Trump, Coreia do Sul anuncia R$ 113 bilhões para o setor de chips e semicondutores
Governo Trump congela US$ 2,2 bilhões em bolsas para Harvard após universidade rejeitar suas exigências
Grupo Potencial vai construir a maior fábrica de biodiesel do mundo no Brasil: "Vamos chegar a cerca de 1,7 bilhão de litros por ano”, diz VP
Por tarifaço, Nissan vai reduzir produção no Japão de modelo vendido nos EUA
Strategy investe mais de R$ 600 milhões em bitcoin