Dólar volta a subir e fecha a R$ 5,73, com exterior de olho em tarifas de Trump
Publicado 26/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 26/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou nesta terça-feira (15) estar otimista quanto à possibilidade de avanços em acordos comerciais e maior clareza sobre tarifas nos próximos 90 dias
Pexels
Depois da queda de 0,75% na terça-feira (25) quando chegou a esboçar fechamento abaixo da linha de R$ 5,70, o dólar voltou a subir nesta quarta-feira (26) e terminou o dia na casa de R$ 5,73.
Os negócios no mercado local foram guiados predominantemente pelo ambiente externo, marcado por fortalecimento da moeda americana, embora analistas tenham identificado uma volta do desconforto com o quadro político e fiscal doméstico.
Apesar da alta de commodities como minério de ferro e petróleo, o que sustentou o Ibovespa B3 em terreno positivo, investidores voltaram a recompor posições defensivas em dólar. Houve vários rumores sobre os próximos passos da política comercial norte-americana em meio à contagem regressiva pelo anúncio das chamadas tarifas recíprocas pela administração Donald Trump, em 2 de abril.
Com o mercado de câmbio já fechado, Trump confirmou que vai anunciar nesta quarta novas tarifas sobre importação de automóveis.
“Estamos num momento de morde-e-assopra com essa questão das tarifas, com ondas de otimismo e pessimismo nos mercados, o que deixa o dólar mais volátil”, afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, acrescentando que, dado o nível de juro real brasileiro, a taxa de câmbio deveria estar em nível mais baixo.
“Mas temos esses temores de aumento de medidas populistas do governo, o que têm atrapalhado o real”.
Além das incertezas em torno da reforma da renda, em especial as dúvidas sobre as compensações para a perda de receita provocada pela isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais, houve desconforto nos últimos dias com a demanda pelo chamado consignado privado.
Avalia-se que há uma incompatibilidade entre a tentativa do governo de estimular o consumo e o aperto monetário conduzido pelo Banco Central, que busca moderar a atividade para ancorar as expectativas de inflação.
Com máxima a R$ 5,7479 no início da tarde, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,41%, cotado a R$ 5,7328, passando a apresentar valorização de 0,26% na semana. Após ter avançado 1 37% em fevereiro, a moeda americana recua 3,10% em março, o que leva as perdas acumuladas no ano para 7,24%.
No exterior, o índice DXY subia cerca de 0,40% no fim da tarde, ao redor dos 104,500 pontos, com máxima da sessão aos 104,630 pontos. As taxas dos Treasuries longos subiram.
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, pontuou nesta quarta-feira que o ambiente de incertezas em meio à indefinição das tarifas americanas dificulta o manejo da política monetária.
Já o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, alertou que o BC americano pode ter que manter os juros mais altos por mais tempo a depender dos efeitos do “tarifaço”, que ainda são incertos.
O economista André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferência internacional Remessa Online, vê a alta do dólar nesta quarta-feira como um movimento natural de correção após a queda mais forte da terça-feira, com investidores ainda tentando aquilatar os impactos das tarifas de Trump sobre a economia americana.
“Está chegando o grande anúncio das tarifas e o mercado passou a incorporar isso de forma mais intensa”, afirmou o consultor da Remessa Online. “A economia americana está, sim, desacelerando. O problema é avaliar a magnitude dessa desaceleração e o potencial das tarifas para alterar a dinâmica de preços nos EUA”.
No Brasil, o BC informou que o fluxo cambial total em março (até o dia 24) está negativo em US$ 7,530 bilhões, em razão da saída líquida de US$ 7,676 bilhões. Pelo lado comercial, houve entrada líquida de US$ 146 milhões.
Operadores ressaltam que a apreciação do real no mês e no ano tem sido sustentada pelo desmonte de posições compradas em derivativos cambiais (dólar futuro, mini contratos, swap e cupom cambial) por parte dos investidores estrangeiros.
Na terça, os não residentes reduziram essa posição em US$ 1,31 bilhão, para cerca de US$ 40 bilhões, menor nível desde junho de 2023.
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