UBS: Adesão à IA não é apenas uma questão de inovação, mas de sobrevivência

A crescente adesão à Inteligência Artificial (IA) não é apenas uma questão de inovação, mas uma necessidade para garantir competitividade e sobrevivência no mercado. É nisso que acreditam grandes empreendedores ao redor do mundo, segundo uma pesquisa conduzida por analistas do banco suíço UBS e publicada esta semana.

A IA se consolidou como a tecnologia com maior potencial de transformação para os setores empresariais, sendo considerada a principal oportunidade comercial por 62% dos empreendedores entrevistados. Este número é ainda mais expressivo em regiões como Suíça (70%) e Ásia-Pacífico (66%). Setores como tecnologia e saúde lideram a adoção dessa inovação, enquanto a indústria, mais cautelosa, avalia os impactos e implementações de forma gradual.

Um empreendedor português do setor de serviços de IA, ouvido pelo UBS, compara essa revolução com o surgimento da internet, destacando que estamos vivendo um momento histórico para os negócios.

No entanto, o estudo também revela uma discrepância importante: embora o otimismo seja generalizado, apenas 35% dos empreendedores já implementaram a IA em suas operações. Esse dado aponta para uma dificuldade em explorar o potencial da tecnologia de maneira prática e eficaz, apesar de seu reconhecimento como um fator essencial para o futuro das empresas.

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Os impactos da IA para os próximos cinco anos são esperados para serem transformadores. Uma maioria expressiva de empreendedores (67%) antecipa que a IA contribuirá para o aumento da produtividade e das receitas, enquanto 59% acreditam que ela melhorará significativamente a experiência do cliente. Além disso, os benefícios esperados incluem maior eficiência operacional e avanços em áreas como criação de conteúdo e marketing.

Por outro lado, a adoção da IA também traz desafios. Quase metade dos entrevistados (46%) prevê uma redução na força de trabalho, à medida que a automação começa a substituir algumas funções humanas. Outros 48% expressam preocupação com a falta de qualificação para lidar com essas novas tecnologias, um obstáculo que precisa ser abordado com urgência.

A IA vai além da automação; ela está sendo aplicada para personalizar serviços, prever tendências de mercado e aprimorar estratégias de precificação. No setor financeiro, por exemplo, a IA tem revolucionado a análise de crédito e a gestão de riscos, facilitando melhores tomadas de decisão. No varejo, ela transforma a experiência do cliente, aumentando tanto a conversão quanto a fidelização.

Para os empreendedores, o momento é de ação decisiva. A IA não é uma moda passageira, mas uma ferramenta essencial para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a competitividade de maneira inédita. O primeiro passo é entender como essa tecnologia pode ser aplicada ao modelo de negócio, avaliando quais processos podem ser automatizados e como a IA pode enriquecer a experiência do cliente e informar decisões estratégicas.

Empresas que souberem integrar a IA de maneira estratégica serão as líderes do mercado.

A questão agora não é mais se a IA mudará os negócios, mas como cada empreendedor a utilizará para crescer e se destacar. Quem investir na capacitação de sua equipe, explorar soluções acessíveis e manter-se atento às mudanças do setor terá uma posição dominante no futuro.

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