‘Segundo semestre de 2025 será o período mais duro para a economia global’, diz economista da Fiesp
Publicado 28/04/2025 • 12:44 | Atualizado há 8 horas
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Publicado 28/04/2025 • 12:44 | Atualizado há 8 horas
KEY POINTS
A partir do momento em que novas tensões comerciais reacenderam temores globais, a comparação entre a atual guerra tarifária e crises históricas, como a de 2008 e a pandemia da Covid-19, voltou a ganhar força.
Em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta segunda-feira (28), Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp, comentou sobre os desafios que o cenário geoeconômico impõe para o Brasil e para a indústria mundial.
Segundo Rocha, nas últimas semanas, durante reuniões em Washington que reuniram representantes de diversas instituições internacionais, o tema central foi justamente o impacto das tarifas e das mudanças geoeconômicas em curso.
“Foi o evento mais relevante desde a pandemia e a crise de 2008”, afirmou. Ele destacou que esse novo cenário representa grandes desafios, especialmente para países emergentes, como o Brasil.
“De maneira geral, menos comércio é sempre pior do que mais comércio. O saldo final para o mundo é negativo, não tem como enxergar como algo positivo o que está acontecendo”, avaliou.
Em alguns setores específicos, no entanto, segundo ele, podem surgir oportunidades relativas para países como o Brasil, principalmente na indústria.
“Temos espaços relevantes que podemos conquistar, mas também existe a preocupação com uma possível enxurrada de produtos industriais importados que podem prejudicar a nossa indústria local”, alertou.
Rocha complementou que ainda é cedo para medir de forma precisa os efeitos dessa nova guerra comercial.
“Do ponto de vista do crescimento econômico, o que está ocorrendo retira dinamismo não apenas do Brasil, mas do mundo como um todo, inclusive dos Estados Unidos”, acrescentou.
Sobre o desempenho econômico norte-americano, Rocha observou que, apesar da expansão registrada em 2024, com crescimento expressivo e inflação próxima de 3%, há incertezas para 2025.
Segundo ele, no primeiro semestre do próximo ano, a economia americana ainda deverá apresentar expansão, impulsionando a demanda tanto por bens internos quanto importados.
Entretanto, alertou que a grande preocupação dos economistas está voltada para o segundo semestre de 2025.
“É consenso entre os economistas que o semestre mais duro será o segundo semestre de 2025, quando começaremos a perceber de forma mais clara os impactos das mudanças em curso”, afirmou.
Rocha explicou que os debates recentes em Washington focaram justamente nessa dificuldade de mensurar estatisticamente o que está por vir, reforçando que o cenário de incertezas exigirá atenção redobrada dos mercados e dos formuladores de políticas públicas.
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