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Dólar cai e fecha a R$ 5,66 com Copom e acordo comercial entre EUA e Reino Unido
Publicado 08/05/2025 • 18:46 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 08/05/2025 • 18:46 | Atualizado há 4 meses
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Imagem de nota de dólar.
Freepik
O dólar caiu quase 1,5% nesta quinta-feira (8) e voltou a fechar abaixo de R$ 5,70 após dois pregões. O dia foi marcado por forte apetite por ativos de risco, incluindo divisas emergentes, diante de sinais promissores de arrefecimento da guerra comercial. Além de os EUA anunciarem um acordo sobre tarifas com o Reino Unido, houve acenos do presidente norte-americano, Donald Trump, à China.
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Copom aumenta taxa Selic para 14,75% ao ano
O real exibiu o melhor desempenho entre as moedas mais líquidas (à exceção do peso argentino), na esteira da decisão da quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 14,75%, e acenar com a manutenção de política monetária restritiva por período prolongado.
A arrancada do real reflete tanto um desmonte de posições defensivas construídas nos últimos dias na expectativa pela superquarta, com decisão de política monetária aqui e nos EUA, quanto o aumento da atratividade do carry trade. Operadores relatam também entrada de recursos para o Ibovespa em sessão de alta de cerca de 3% dos preços do petróleo.
Com perda de força adicional na reta final dos negócios, o dólar à vista fechou em queda de 1,46%, a R$ 5,66, na mínima. Na semana, ainda acumula valorização de 0,11%, mas passou a recuar 0,27% em maio. A moeda voltou a apresentar queda de mais de 8% no ano.
Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY subiu mais de 1% e superou a linha dos 100,000 pontos, reduzindo as perdas no ano para a casa de 7%. As taxas dos Treasuries avançaram em bloco, com o retorno da T-note de 2 anos tocando 3,9% na máxima.
O economista-chefe da Equador investimentos, Eduardo Velho, observa que o acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido diminui as tensões comerciais e mitiga os riscos de recessão nos EUA – algo que, ao mesmo tempo, fortalece o dólar em relação a divisas fortes e dá fôlego aos ativos de risco, como bolsas e moedas emergentes.
“Após a imposição de tarifas por Trump, o dólar perdeu sua atratividade como reserva de valor e investidores passaram a demandar outras moedas fortes e ouro. O acordo hoje entre EUA e Reino Unido reduziu a aversão ao risco, alterando essa dinâmica”, afirma Velho, acrescentando que a postura cautelosa do Federal Reserve, que na quarta manteve a taxa de juros inalterada, também favoreceu a recuperação do Dollar Index.
No fim da manhã, Trump anunciou que havia chegado a um entendimento com o Reino Unido e que está “muito perto de novos acordos comerciais com outros países”. O presidente norte-americano também disse que deve ter conversas “substanciais” com os chineses neste fim de semana e que as tarifas à China, hoje em 145%, devem diminuir.
À tarde, o representante comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), Jamieson Greer, afirmou que o país pode anunciar “ao longo do mês, ou talvez até ainda nesta semana”, novos acordos comerciais bilaterais. Greer também confirmou que viajará para a Suíça neste fim de semana para dar início às negociações tarifárias com a China.
Segundo Velho, os efeitos do ambiente externo mais propício ao risco sobre a dinâmica da formação da taxa de câmbio foram turbinados pela sinalização de quarta do Copom. Mesmo se não houver um aumento residual da taxa Selic em junho, a perspectiva é de que os juros permaneçam elevados por um período prolongado.
“Isso torna o real mais atrativo e torna muito caro carregar posições na moeda americana. Dá no máximo para fazer compras táticas de dólar para operações de curto prazo, para aproveitar altas pontuais, como nos últimos dias”, afirma Velho, acrescentando que há uma melhora do fluxo comercial com sazonalidade positiva em razão da safra agrícola e retorno do capital estrangeiro para a bolsa.
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