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“Combater a mudança do clima é tão necessário que tem que ser um tema à parte”, diz presidente da COP30

Publicado 15/05/2025 • 18:49 | Atualizado há 13 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A COP30, conferência mundial sobre mudanças climáticas, ocorrerá em novembro deste ano, em Belém, no Pará. Segundo o presidente do evento, André Corrêa do Lago, as negociações internacionais precisam avançar para além dos documentos e acordos diplomáticos. A expectativa é que a edição brasileira seja marcada pela busca de ações práticas e pelo debate sobre fontes de financiamento.
  • A conferência reunirá representantes de 195 países, responsáveis por definir diretrizes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a adaptação dos territórios mais vulneráveis. Corrêa do Lago destacou que, além de conter o aquecimento global, as negociações devem integrar a pauta climática à economia global.

A COP30, conferência mundial sobre mudanças climáticas, ocorrerá em novembro deste ano, em Belém, no Pará. Segundo o presidente do evento, André Corrêa do Lago, as negociações internacionais precisam avançar para além dos documentos e acordos diplomáticos. A expectativa é que a edição brasileira seja marcada pela busca de ações práticas e pelo debate sobre fontes de financiamento.

“O combate à mudança do clima é tão necessário que ele tem que ser um tema à parte”, afirmou Corrêa do Lago em entrevista exclusiva à repórter Julia Lindner, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

A conferência reunirá representantes de 195 países, responsáveis por definir diretrizes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a adaptação dos territórios mais vulneráveis. Lago destacou que, além de conter o aquecimento global, as negociações devem integrar a pauta climática à economia global.

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Financiamento continua como impasse

O financiamento climático segue como um dos principais desafios desde a assinatura da Convenção do Clima, em 1992. O presidente da COP30 lembrou que, passadas três décadas, os países desenvolvidos ainda não cumprem suas obrigações financeiras.

O diplomata reforçou que a meta de US$ 100 bilhões anuais estabelecida para o período de 2020 a 2025 não foi atingida. No acordo de Baku, a previsão subiu para US$ 300 bilhões por ano, e a COP30 discutirá a viabilidade de alcançar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035.

O presidente reconheceu que a expectativa de aportes vindos exclusivamente de recursos públicos de países ricos é improvável, e defendeu a mobilização de diferentes fontes de financiamento, incluindo a iniciativa privada.

Exemplo chinês e oportunidades para o Brasil

Durante a entrevista, o presidente da COP30 citou a China como exemplo de país que integrou investimentos em energia solar, eólica e veículos elétricos à sua estratégia de desenvolvimento. Segundo ele, parte expressiva do crescimento econômico chinês decorre dessas áreas.

O Brasil, por sua vez, terá oportunidade de apresentar suas soluções. Corrêa do Lago destacou que o país reúne condições singulares ao combinar produção de petróleo, liderança em energias renováveis e avanços na agricultura sustentável. “As soluções brasileiras têm provocado enorme interesse internacional”, observou.

Sul Global e articulação nos BRICS

Além da COP30, o Brasil preside o BRICS neste ano e sediará a cúpula do grupo. Corrêa do Lago ressaltou que há coerência na estratégia brasileira desde a reunião dos países amazônicos em 2023, passando pelo G20, BRICS e culminando na conferência climática.

A proposta é fortalecer a atuação dos países em desenvolvimento na agenda ambiental global e demonstrar que as nações do Sul Global podem se beneficiar economicamente ao adotar políticas climáticas.

Metas e engajamento da sociedade

Embora as metas específicas da COP30 ainda estejam em formulação, o diplomata informou que o evento buscará tornar mais claras para a sociedade as consequências econômicas e sociais das negociações climáticas.

Para isso, foi lançada recentemente a iniciativa “mutirão global”, com o objetivo de reunir propostas e ações locais que mostrem a viabilidade de enfrentar as mudanças climáticas de forma economicamente sustentável e socialmente adequada. “O mundo inteiro está contribuindo com ideias e soluções”, destacou.

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