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Mercados reagem aos ataques entre Israel e Irã, mostrando sinais de estabilização
Publicado 16/06/2025 • 08:19 | Atualizado há 14 horas
Publicado 16/06/2025 • 08:19 | Atualizado há 14 horas
KEY POINTS
O dólar se fortaleceu, como costuma ocorrer em momentos de aversão ao risco
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Os ataques aéreos de Israel ao Irã na sexta-feira (13) tiveram forte repercussão nos mercados financeiros globais.
O petróleo disparou com o temor de que o fornecimento do Irã — o nono maior produtor mundial em 2023 — fosse interrompido. O ouro, tradicional ativo de refúgio em tempos de crise, também teve alta, impulsionado pela migração de investidores em busca de proteção diante da instabilidade.
O metal é considerado uma reserva estável de valor, resistente a choques externos, como inflação ou conflitos geopolíticos.
O dólar se fortaleceu, como costuma ocorrer em momentos de aversão ao risco. Esse movimento ilustra o chamado “sorriso do dólar”: ele se valoriza tanto em tempos de bonança, quando investidores buscam ativos americanos, quanto em tempos de crise, quando procuram segurança nos títulos do Tesouro dos EUA.
A valorização do dólar frente a outras moedas tradicionalmente vistas como seguras — como o franco suíço e o iene japonês — reforça seu status de “moeda rei”, apesar dos debates sobre desdolarização e preocupações com a dívida americana.
As bolsas globais registraram queda generalizada, refletindo o aumento da tensão. No entanto, mesmo diante de sinais de maior volatilidade, os mercados dos EUA demonstraram resiliência. O salto nos preços do petróleo, por exemplo, apenas devolveu as cotações aos níveis de cerca de três meses atrás, após um período de quedas.
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Nesta segunda-feira, os futuros dos EUA abriram em alta, enquanto o ouro e o índice do dólar recuaram, sugerindo uma reação mais racional dos investidores após o susto inicial.
Apesar do agravamento do conflito entre Israel e Irã, analistas lembram que os mercados já absorveram choques como a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra entre Israel e o Hamas — ambos ainda em andamento.
O confronto entre Israel e Irã chegou ao quarto dia nesta segunda-feira, com uma nova rodada de ataques de ambos os lados.
Segundo a NBC News, Israel iniciou a escalada ao bombardear instalações nucleares iranianas na sexta-feira, e o Irã retaliou com o lançamento de mais de 100 drones contra território israelense. Analistas regionais alertam que esse pode ser apenas o início de uma espiral de escalada rápida.
Os futuros dos EUA subiram na noite de domingo. Na sexta-feira, o temor de uma guerra mais ampla no Oriente Médio derrubou os principais índices: o S&P 500 recuou 1,13%, o Dow Jones caiu 1,79% e o Nasdaq teve queda de 1,3%.
Já os mercados da Ásia-Pacífico operaram em alta nesta segunda-feira, com destaque para os índices Nikkei 225 (Japão) e Kospi (Coreia do Sul), ambos com ganhos acima de 1%. Na Austrália, as ações da empresa de energia Santos subiram até 15% após uma oferta de aquisição de US$ 18,7 bilhões, liderada pela estatal de petróleo de Abu Dhabi.
As vendas no varejo da China cresceram 6,4% em maio, na comparação anual, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas.
O número veio acima da expectativa de 5% e representa uma aceleração em relação aos 5,1% registrados em abril. Segundo o porta-voz Linghui Fu, a melhora se deve, em parte, a programas de substituição de bens de consumo em andamento no país.
Após a corrida por ativos defensivos na sexta-feira, o movimento se reverteu parcialmente nesta segunda-feira. O índice do dólar caiu 0,07%, após subir 0,3% no pregão anterior. O ouro à vista recuou 0,1%, enquanto os contratos futuros com entrega em agosto caíram 0,25%, reduzindo os ganhos acumulados de sexta-feira.
Os preços do petróleo continuaram em alta nesta segunda-feira. O barril do WTI subiu 1,23%, para US$ 73,88, após salto de 7,26% na sexta-feira.
O Brent, referência internacional, avançou 0,94%, para US$ 74,96, acumulando alta de 7,02% nos últimos dois dias. CEOs de grandes petroleiras evitam fazer previsões sobre até onde os preços podem subir diante do atual cenário.
O governo de Taiwan incluiu a Huawei, a fabricante de chips SMIC e suas subsidiárias na “Lista de Entidades de Commodities Estratégicas de Alta Tecnologia”.
A medida exige que empresas taiwanesas obtenham autorização especial antes de exportar produtos a essas companhias, alinhando ainda mais a política comercial da ilha com a dos Estados Unidos.
Apesar do foco nas tensões no Oriente Médio, o mercado já mira a decisão de política monetária do Federal Reserve, que será anunciada na quarta-feira. Segundo analistas, essa reunião pode ser decisiva para o rumo dos ativos de risco nas próximas semanas.
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