Com alta em serviços e indústria, PIB avança 0,9% no 3º trimestre
Publicado 03/12/2024 • 09:14 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 03/12/2024 • 09:14 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu (0,9%) na passagem do segundo trimestre para o terceiro deste ano.
Já na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 4,0% (leia mais abaixo).
As altas nos serviços (0,9%) e na indústria (0,6%) contribuíram para essa taxa positiva, ainda que a Agropecuária tenha recuado 0,9% no período.
Em valores correntes, foram gerados R$ 3,0 trilhões. De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,3%, enquanto nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Frente ao 3º trimestre de 2023, o indicador cresceu 4,0%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (3) pelo IBGE.
Nos resultados do 3º trimestre de 2024 frente ao trimestre imediatamente anterior, dois dos três grandes setores econômicos sob a ótica da produção avançaram: serviços (0,9%) e indústria (0,6%). Já a agropecuária registrou queda de 0,9% no período.
Nos serviços, cresceram:
Na indústria, houve alta de 1,3% nas indústrias de transformação. Por outro lado, caíram:
Pela ótica da demanda, o investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceu 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Na mesma comparação, a despesa de consumo das famílias aumentou 1,5%, e a do governo cresceu 0,8%.
No que se refere ao setor externo, houve queda nas exportações de bens e serviços (-0,6%) e alta nas importações de bens e serviços (1,0%) em relação ao segundo trimestre de 2024.
O ciclo positivo da economia brasileira deve se estender por mais tempo, afirmou o professor de economia da FGV, Renan Pieri.
“Desde 2022, a gente vem acumulando um crescimento econômico bastante robusto, e por mais que a economia desse alguns sinais de que pudesse entrar ainda esse ano em desaceleração, ela está crescendo até mais, gerando mais empregos e batendo todos os recordes de número de ocupados, o que leva a entender que esse ciclo positivo deve se estender por mais tempo”, disse em entrevista ao Real Time, da Times Brasil, Licenciado Exclusivo CNBC.
O professor acredita que o Brasil assistiu a uma quebra estrutural nas séries econômicas com a pandemia, e ela passou a se comportar de maneira distinta. “Se você olhar a perspectiva, pelo menos do relatório Focus para os próximos meses, já é de crescimento mais baixo. Eu não acho que o mercado está ficando mais otimista necessariamente. O mercado só está se ajustando à realidade”, afirmou Pieri.
José Ronaldo de Castro Júnior, professor de economia do Ibmec-RJ, explicou que o desempenho negativo do agro no período se deve a uma perda de safra, principalmente de soja e milho, mas que os demais setores estão respondendo de forma satisfatória.
“O destaque é a indústria de transformação, que há muito tempo estava tendo um desempenho ruim. Houve um crescimento maior do que se imaginava, e isso deve fazer com que todos revejam as projeções para o ano. Os números, à princípio, vieram bons, o que não significa que vai continuar bom para os próximos”, disse Júnior.
Para o professor, houve um aumento dos investimentos, mas o aumento da capacidade produtiva tem sido menor do que o aumento da demanda. “A gente chegou nesse limite. Agora, a gente não tem mais ociosidade na economia. E aí o crescimento, para que não seja inflacionário, vai ter que ser acompanhado de um aumento na capacidade ou de um aumento na produtividade, o que não tem acontecido no ritmo que a gente gostaria”, afirmou.
Já na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 4,0%, 15ª alta consecutiva nesta base de comparação.
A Agropecuária registrou queda de 0,8% frente a igual período em 2023. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em novembro mostrou que alguns produtos, cujas safras são significativas no terceiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como cana (-1,2%), milho (-11,9%) e laranja (-14,9%). Esses recuos suplantaram o bom desemprenho de culturas como algodão (14,5%), trigo (5,3%) e café (0,3%), que também possuem safras relevantes no período.
Na Indústria, a alta foi de 3,6% frente ao terceiro trimestre do ano passado. Destaque para Construção (5,7%), corroborado tanto pela alta da ocupação como da produção dos insumos típicos dessa atividade. As Indústrias de transformação (4,2%) obtiveram expansão, influenciadas, principalmente, pela fabricação de veículos automotores; outros equipamentos de transporte; móveis e produtos químicos.
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 3,7%, favorecida pelo maior consumo de eletricidade, apesar das bandeiras tarifárias mais desfavoráveis. Houve queda apenas nas Indústrias extrativas (-1,0%), devido à queda da extração de petróleo e gás.
Já o setor com maior peso no PIB, o de Serviços, avançou 4,1% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Todas as suas atividades ficaram no campo positivo: Informação e comunicação (7,8%); Outras atividades de serviços (6,4%); Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,1%); Comércio (3,9%); Atividades imobiliárias (3,1%); Transporte, armazenagem e correio (2,5%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,7%).
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