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“Países não têm amigos, têm interesses”, diz economista sobre parcerias do Brasil com Rússia e China

Publicado 03/07/2025 • 18:56 | Atualizado há 14 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta semana em Buenos Aires, que Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina mantêm alinhamento para avançar nas negociações do Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia.
  • Segundo ele, a iniciativa representa uma oportunidade para o Brasil melhorar sua posição competitiva no cenário global, em meio às tensões comerciais entre China e Estados Unidos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta semana, em Buenos Aires, que Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina mantêm alinhamento para avançar nas negociações do Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia. Segundo Haddad, a iniciativa representa uma oportunidade para o Brasil melhorar sua posição competitiva no cenário global, em meio às tensões comerciais entre China e Estados Unidos.

Para Ricardo Rodil, analista econômico da Crowe Macro, existe uma parte fundamental neste movimento. “Países não têm amigos e inimigos, países têm interesses”, disse Ricardo Rodil, sobre o impacto político e econômico dessas articulações internacionais. Para o especialista, o Brasil precisa equilibrar interesses comerciais e estratégicos ao se aproximar de parceiros como China e Rússia, que enfrentam resistências no cenário diplomático.

Mercosul e União Europeia

As negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia se estendem há 25 anos. A Comissão Europeia anunciou que deve apresentar nos próximos dias o texto legal do tratado para análise e debate sobre sua ratificação. Apesar do avanço, o processo enfrenta oposição de alguns países europeus, em especial da França.

O acordo permitirá à União Europeia exportar mais automóveis, máquinas e bebidas destiladas para os países do Mercosul. Em contrapartida, o bloco sul-americano terá facilitada a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja no mercado europeu.

Para Rodil, a resistência francesa tende a ser superada. “Acredito que a França vai acabar sendo voto vencido na União Europeia”, afirmou. Há interesse comercial claro na concretização do acordo, tanto na Europa quanto na América do Sul.

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Banco do BRICS e infraestrutura

A agenda internacional do governo brasileiro inclui ainda reuniões no Rio de Janeiro com ministros de Finanças da China e da Rússia, além da participação na Cúpula do BRICS. Haddad deve tratar de políticas do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e das diretrizes para a COP30.

Ricardo Rodil avaliou o papel do banco multilateral, conhecido como Banco do BRICS, e destacou que a instituição atua em duas grandes áreas: financiamento do comércio internacional e investimentos em infraestrutura. “Na verdade, o Banco do BRICS é muito mais um movimento político do que econômico, mas terá possibilidades de financiamento entre os países do BRICS e até com terceiros”, disse.

O analista ressaltou que, para países com baixa poupança interna, como o Brasil, essas iniciativas são importantes para impulsionar projetos de infraestrutura e inovação.

Relações com China e Rússia

Ao analisar o cenário geopolítico, Rodil reconheceu que o momento é delicado, mas vê oportunidades diante da instabilidade nas relações internacionais, especialmente durante governos imprevisíveis, como o de Donald Trump. Segundo ele, a postura norte-americana pode facilitar o fortalecimento de alianças alternativas.

Para o economista, a aproximação brasileira de China e Rússia precisa ser conduzida com foco nos interesses nacionais, sem alinhamento ideológico. “Esse é o ponto básico: olhar para os interesses do país”, concluiu.

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