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Pentágono se tornará o maior acionista da mineradora de terras raras MP Materials; ações sobem 50%

Publicado 10/07/2025 • 19:26 | Atualizado há 12 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A MP Materials é proprietária da única mina de terras raras em operação nos EUA, localizada em Mountain Pass, na Califórnia, a cerca de 100 km de Las Vegas.
  • Os recursos do investimento do Pentágono serão usados para ampliar a capacidade de processamento de terras raras e produção de ímãs da empresa.
Pentágono se tornará o maior acionista da mineradora de terras raras MP Materials; ações sobem 50%

Foto: MP Materials

O Pentágono se tornará o maior acionista da mineradora de terras raras MP Materials, cujas ações dispararam cerca de 50%, ao anunciar que comprará US$ 400 milhões em ações preferenciais da empresa, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira (10).

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A MP Materials é proprietária da única mina de terras raras em operação nos EUA, localizada em Mountain Pass, na Califórnia, a cerca de 100 km de Las Vegas. Os recursos do investimento do Pentágono serão usados para ampliar a capacidade de processamento de terras raras e produção de ímãs da empresa.

As terras raras são utilizadas na fabricação de ímãs essenciais para diversos sistemas militares, incluindo o caça F‑35, drones e submarinos, segundo o Departamento de Defesa dos EUA.

Em 2023, os EUA dependiam quase que totalmente de importações de terras raras, sendo a China responsável por cerca de 70% desse comércio, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA. Esse tema tem sido central em disputas comerciais recentes entre os EUA e a China.

O secretário do Interior, Doug Burgum, afirmou em abril que a administração Trump considerava investimentos diretos em empresas de minerais críticos para reduzir a dependência dos EUA em relação à China.

James Litinsky, CEO da MP Materials, descreveu o investimento do Pentágono como uma parceria público-privada que acelerará a criação de uma cadeia integrada de produção de ímãs no território americano. Em entrevista ao “Squawk on the Street” da CNBC, o executivo enfatizou: “Quero ser muito claro, isto não é uma nacionalização. Continuamos sendo uma empresa pública próspera. Agora temos um ótimo novo parceiro, nosso maior acionista econômico, o DoD (Departamento de Defesa), mas ainda controlamos nossa empresa. Controlamos nosso destino. Somos guiados pelos acionistas.”

Litinsky alertou para a ameaça representada pelo “mercantilismo chinês” e afirmou que o modelo do investimento do Pentágono pode se estender a outras empresas norte-americanas. “É um novo caminho para acelerar os mercados livres, trazer a cadeia de suprimentos para o território nacional e garantir que o mercantilismo não prejudique nossa capacidade de fazê-lo.”

Parceria público-privada

O Pentágono adquiriu uma nova classe de ações preferenciais conversíveis em ações ordinárias da MP Materials, além de um warrant conversível a US$ 30,03 por ação, válido por 10 anos, que permitirá a compra adicional de ações ordinárias.

Exercendo essas ações e o warrant, o Pentágono deterá cerca de 15% da MP Materials até 9 de julho, quase o dobro dos 8,61% detidos por Litinsky e dos 8,27% detidos pela BlackRock Fund Advisors, conforme dados da FactSet.

A empresa planeja construir sua segunda fábrica de produção de ímãs nos EUA, voltada a clientes militares e comerciais, com apoio do Pentágono. Local ainda não divulgado, o complexo — batizado de “10X” — começa a entrar em operação em 2028 e elevará a capacidade anual de produção de ímãs de terras raras para 10 mil toneladas métricas.

Essa capacidade será suficiente para “suportar de forma significativa as necessidades de defesa e mercado comercial dos EUA”, ressaltou Litinsky em conferência com investidores.

O Pentágono acordou comprar 100% dos ímãs produzidos na nova fábrica pelos próximos 10 anos para atender às demandas de defesa e do mercado comercial. JPMorgan e Goldman Sachs financiarão US$ 1 bilhão para auxiliar na construção do complexo.

Além disso, o Pentágono garantiu um preço mínimo de US$ 110 por quilo, nos próximos 10 anos, para o óxido de neodímio-praseodímio (NdPr) estocado ou vendido pela MP Materials. Se o preço de mercado ficar abaixo desse patamar, o governo complementará a diferença trimestralmente. Depois que a fábrica 10X estiver em operação, o Pentágono receberá 30% da valorização acima de US$ 110/kg, segundo o CEO.

Litinsky destacou que o acordo é bastante abrangente: “Os contribuintes vão lucrar bastante”. A MP Materials também espera obter um empréstimo de US$ 150 milhões em até 30 dias do Pentágono para ampliar sua capacidade de separação de terras raras em Mountain Pass.

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