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Com ajuda de Vale, Ibovespa B3 limita perda do dia a 0,54%, aos 136,7 mil pontos
Publicado 10/07/2025 • 18:47 | Atualizado há 13 horas
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Publicado 10/07/2025 • 18:47 | Atualizado há 13 horas
KEY POINTS
Ibovespa B3 evitou uma perda ainda maior graças à Vale
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
No dia seguinte ao anúncio de que os Estados Unidos vão impor, no dia 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, o Ibovespa B3 encontrou alguma proteção na principal ação do índice, Vale (ON +2,29%), para evitar uma perda maior na sessão.
Mais cedo nesta quinta-feira (10), o papel da mineradora chegou a subir mais de 4%, alinhado a outro carro-chefe, Petrobras, que também perdeu força em direção ao fechamento, tanto na ON (+0,17%) como na PN (-0,25%).
No fechamento, o índice da B3 mostrava baixa de 0,54%, aos 136.743,26 pontos, entre mínima de 136.014,47 e máxima de 137.471,88 na sessão, correspondente ao nível de abertura.
O giro voltou a subir nesta quinta-feira, hoje a R$ 26,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa B3 recua 3,11%, colocando as perdas do mês a 1,52% – no ano, sobe 13,68%. O de hoje foi o menor nível de fechamento para o Ibovespa B3 desde 25 de junho, então aos 135,7 mil pontos.
O dia foi amplamente negativo para os grandes bancos, em baixa entre 1,12% (BB ON) e 3,08% (Itaú PN) no fechamento. Na ponta perdedora do Ibovespa B3, destaque para Embraer, em queda de 3,70%, pela exposição da fabricante de aviões ao mercado dos EUA.
Também entre as maiores correções do dia apareceram Cosan (-3,03%) e B3 (-2,83%), logo atrás de Itaú PN. No lado oposto, Marfrig (+6,38%), CSN (+5,04%) e CSN Mineração (+2,99%).
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“Sessão em que prevaleceu aversão a risco, com Trump, afetando em especial as empresas listadas que têm maior exposição a exportações para os EUA. Há muitos elementos a serem observados, inclusive políticos na decisão de Trump, mas estruturalmente não muda tanto para a Bolsa – ainda há ingresso de fluxo estrangeiro, e essa tendência deve se manter”, diz Felipe Moura, da Finacap, que mantém viés “construtivo” para a Bolsa brasileira apesar da dificuldade de análise, com fatores de grande incerteza no momento.
Ele destaca que, como parte da estratégia de negociação, o presidente americano costuma elevar muito a barra, com um nível de tarifa “absurdo” para abrir conversas, antes de optar por relativo recuo na pretensão inicial.
Para Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, o estresse visto hoje, ainda que relativamente moderado ao longo do dia quando comparado ao pós-mercado de ontem, mostra que é impossível contornar tamanho nível tarifário, ainda que a decisão não se ampare, nem se justifique, em critérios econômicos e de comércio exterior. “É preciso esperar para ver como as negociações irão transcorrer”, acrescenta.
Entre janeiro e junho de 2025, observa Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, os principais produtos brasileiros exportados para os EUA foram, pela ordem: óleo bruto de petróleo ou de minerais betuminosos; semimanufaturados de ferro ou aço; café em grãos não torrado; carne bovina; ferro fundido bruto não ligado; celulose; óleos combustíveis e preparações de petróleo.
Ela ressalta também que, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil tem registrado déficits comerciais com os EUA desde 2009 – ou seja, faz 16 anos.
“No período, as importações de produtos americanos superam nossas exportações para o país em US$ 88,61 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões, na cotação atual)”, acrescenta a economista, que destaca em especial o peso dos EUA como investidor direto no Brasil: os principais investidores estrangeiros, com estoque de mais de US$ 350 bilhões (R$ 1,93 trilhão) e 4 mil empresas instaladas no país.
“As relações entre Estados Unidos e Brasil vão além de ‘apenas’ uma relação comercial, envolvendo trocas bem mais complexas”, acrescenta Veronese.
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