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Amcham Brasil reforça solução negociada com EUA para evitar tarifa de 50%
Publicado 16/07/2025 • 20:14 | Atualizado há 17 horas
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Publicado 16/07/2025 • 20:14 | Atualizado há 17 horas
KEY POINTS
A Amcham Brasil reforçou em nota divulgada, nesta quarta-feira (16), que defende a busca por uma solução negociada entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos diante do anúncio de tarifas adicionais de até 50% sobre produtos brasileiros. A medida, proposta pelo governo norte-americano, pode afetar diversos setores da economia nacional e interromper parte do comércio bilateral.
A manifestação ocorreu após reunião da entidade com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em Brasília. O encontro foi realizado para discutir os impactos da medida norte-americana sobre empresas brasileiras.
Em coletiva de imprensa após a reunião, o CEO da Amcham, Abrão Neto, afirmou que a entidade vem dialogando com o governo brasileiro e apresentou preocupações de empresas que operam no comércio bilateral. Segundo ele, cerca de 10 mil empresas brasileiras exportam atualmente para os EUA, sustentando 3,2 milhões de empregos no Brasil.
O executivo alertou que a tarifa, se for implementada, poderá gerar efeitos negativos significativos não apenas para a economia brasileira, mas também para cadeias produtivas e consumidores dos EUA. A Amcham defende que as negociações entre os dois países sejam intensificadas com urgência, para evitar a adoção da tarifa.
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A proposta tarifária, anunciada em 9 de julho, faz parte de uma nova abordagem do governo norte-americano, que investiga práticas comerciais brasileiras sob a Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.
A investigação envolve temas como comércio digital, exportações agrícolas, biocombustíveis e questões ambientais. Entre os produtos potencialmente afetados estão carne bovina, café, suco de laranja e aeronaves.
A nota divulgada hoje reforça a posição já manifestada pela Amcham Brasil em comunicado conjunto com a U.S. Chamber of Commerce, publicado na terça-feira (15), onde as duas entidades alertam que a tarifa proposta pode comprometer a estabilidade da relação bilateral, prejudicar pequenas empresas e impactar negativamente consumidores em ambos os países.
Durante coletiva nesta quarta-feira, Alckmin afirmou que o governo brasileiro aguarda uma resposta oficial dos EUA à carta enviada em maio sobre as tarifas propostas. O documento foi entregue a representantes americanos, mas ainda não teve retorno formal, apesar de haver diálogo técnico até o início de julho.
Alckmin destacou que o Brasil continua aberto à negociação e tem atuado ativamente para buscar uma solução. Ele ressaltou que o país já enfrentou investigações anteriores com base na Seção 301 da legislação americana, e que responderá com argumentos técnicos. Segundo ele, os pontos levantados, como desmatamento, não justificam a medida tarifária e que o Brasil tem avançado em metas ambientais e políticas de sustentabilidade, como o aumento da mistura de biocombustíveis e a consolidação de um mercado regulado de carbono.
Apesar da falta de retorno definitivo dos EUA, o governo brasileiro mantém expectativa de que uma solução possa ser alcançada ainda em julho. Alckmin enfatizou que, embora o prazo oficial para a entrada em vigor da tarifa seja 1º de agosto, a prorrogação das tratativas não está descartada, desde que contribua para uma resolução eficaz e equilibrada do impasse comercial.
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