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Publicado 20/11/2024 • 12:55 | Atualizado há 21 horas
KEY POINTS
Durante a visita do presidente da China, Xi Jinping, no Brasil, o presidente Lula anunciou que firmou 37 acordos com o país asiático, apesar de não ter aderido plenamente à Nova Rota da Seda – chamado de Cinturão e Rota, programa de investimentos chinês.
Vários acordos em diversas áreas foram fechados entre os países. Entre elas, a abertura de mercado para produtos agrícolas, intercâmbio educacional e cooperação tecnológica em vários segmentos, como comércio e investimentos, infraestrutura, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, dentre outros.
Em relação à Nova Rota da Seda, Lula e Xi firmaram um protocolo sobre “sinergias”. No entanto, o Brasil não aderiu plenamente à iniciativa chinesa.
O presidente Lula reforçou que a relação entre China e Brasil é antiga, e que a visita de Estado “reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento”. Para Xi, a relação entre os dois países está em seu “melhor momento da história”.
“Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial”, disse Lula no discurso.
Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões, resultado obtido em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Dados deste ano indicam que o comércio chegou a US$ 136,35 bilhões até outubro.
Ainda no ano passado, os embarques brasileiros para a China superaram em três vezes o que foi enviado para os Estados Unidos – a China é a maior parceira comercial do Brasil, enquanto os EUA ficam em segundo lugar.
Desde 2009, a China já havia superado os Estados Unidos em vendas externas do Brasil, e, no ano passado, respondeu por 31% do total exportado e por 23% das importações.
Tudo indica que esse volume irá crescer ainda mais, sobretudo se as tarifas adicionais de 60% ou mais sobre as todas as importações chinesas, alardeadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de fato forem colocadas em prática em seu novo governo, segundo análise do economista Paulo Feldmann, coordenador de projetos e professor da FIA Business School.
Segundo ele explica, essa relação se intensificou justamente nas últimas duas décadas, com o rápido desenvolvimento da China. Um dos focos do país asiático era a eliminação da pobreza e isso demandou mais alimentos. Já o Brasil historicamente foi importador de produtos manufaturados, ainda mais nos últimos anos.
Entre os cinco produtos mais exportados pelo Brasil para a China, a soja ficou em primeiro nos últimos cinco anos, segundo dados do Ministério. Já o item que o Brasil mais importou da China no mesmo período foram semicondutores.
Confira abaixo os principais produtos vindos da China em 2023:
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