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Alckmin rebate BC, cita dados da economia e diz que juros altos no Brasil são ‘injustificáveis’
Publicado 12/12/2025 • 14:09 | Atualizado há 3 horas
Publicado 12/12/2025 • 14:09 | Atualizado há 3 horas
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O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, participa nesta quinta-feira (12) do 8º Seminário Internacional de Líderes, em São Paulo, que reúne lideranças empresariais do Brasil e da Argentina para debater a relação comercial entre os dois países. E voltou a criticar o nível atual da taxa básica de juros e afirmou que o país vive um cenário que permitiria cortes mais fortes da Selic. Para ele, os fatores que antes pressionavam os preços recuaram de forma consistente.
“A inflação está em queda, abaixo do teto da meta, e os fatores que pressionaram os preços já se dissiparam”, declarou o ministro, ao defender espaço para reduções mais aceleradas.
Alckmin explicou que a valorização do real e a recuperação da produção agrícola foram determinantes para o arrefecimento dos preços. Segundo ele, o câmbio caiu após a pressão máxima e a safra registrou avanço expressivo, revertendo o impacto anterior da seca.
“O dólar chegou a R$ 6,30 e hoje está em R$ 5,40. Tivemos seca e aumento de preços, mas agora a safra subiu 16% e a inflação de alimentos está em 2%”, afirmou.
Para o vice-presidente, não há base técnica que justifique a manutenção da Selic entre as maiores do mundo. Ele argumenta que a política monetária, nesse patamar, tem freado investimentos e ampliado o custo financeiro para empresas, famílias e para o próprio Estado.
“Não faz sentido manter a segunda maior taxa de juros do mundo”, disse Alckmin, ao destacar que os impactos vão além da atividade econômica imediata.
Ele também chamou atenção para o efeito fiscal da taxa elevada, ressaltando que cada ponto percentual adicional tem peso significativo nas contas públicas. Segundo o ministro, isso restringe a capacidade de investimento e deteriora o equilíbrio fiscal ao longo dos anos.
“Cada 1 ponto percentual da Selic custa R$ 52 bilhões por ano só para rolar a dívida pública”, afirmou.
Com esse pano de fundo, Alckmin reforçou que o atual contexto indica condições amplas para cortes de juros. Para ele, a trajetória dos preços, somada à melhora dos indicadores macroeconômicos, oferece ao país um momento propício para uma política monetária menos restritiva. “As condições para reduzir a Selic estão aí, claras e objetivas”, concluiu.
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Em sequência, Alckmin afirmou que o Brasil avançou na redução do impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo ele, o país conseguiu diminuir de forma significativa a fatia das exportações sujeitas a sobretaxas.
“Quando começou a primeira ordem executiva, 37% das exportações para os Estados Unidos estavam no tarifário mais elevado. Hoje isso caiu para 22%”, disse, destacando que a redução representa “mais de um terço” do impacto inicial.
O vice-presidente reforçou que os Estados Unidos continuam sendo um destino central para a indústria brasileira. Atualmente, o país é o terceiro maior comprador dos produtos nacionais, responsável por 12% de tudo o que o Brasil exporta — atrás apenas da China e da União Europeia.
“As exportações para os EUA seguem firmes. É um mercado estratégico para o Brasil e queremos ampliar ainda mais”, afirmou.
Como parte da estratégia, o governo busca avançar nas negociações para reduzir alíquotas e tentar suspender a tarifa adicional de 40% aplicada pela Seção 232, que atinge especialmente o setor siderúrgico. “O presidente Lula pediu ao presidente Trump que suspenda os 40% enquanto seguimos negociando. Esse é o nosso foco agora”, disse Alckmin.
Ele avaliou que melhorar as condições de acesso ao mercado americano fortalece a competitividade da indústria nacional e aproxima o país de concorrentes internacionais que já operam com tarifas menores.
“Estamos trabalhando para que o Brasil tenha condições iguais às dos concorrentes. Reduzir essas alíquotas é essencial para ampliar nossa presença no mercado americano”, concluiu.
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Alckmin afirmou também que o governo acompanha com preocupação o atual cenário tarifário do México e trabalha para ampliar as vantagens comerciais entre os dois países. Segundo ele, há espaço para expandir as linhas tarifárias de preferência, hoje consideradas insuficientes.
“Temos poucas linhas de preferência com o México. Nosso esforço é aumentar esse número e equilibrar melhor a relação comercial”, disse o ministro.
O vice-presidente reiterou que o Brasil mantém a defesa do multilateralismo como eixo central da política externa econômica e que o fortalecimento dos acordos do Mercosul segue como prioridade. Ele destacou que o bloco tem avançado na expansão de tratados e na abertura de novos mercados.
“Ficamos satisfeitos com a ampliação de acordos do Mercosul. Vamos trabalhar para aprofundar a complementariedade econômica com o México e outros parceiros”, afirmou.
Segundo o ministro, as exportações brasileiras cresceram de forma consistente em outubro, com alta de 9,1%. Para ele, o resultado reflete a diversificação de destinos e a agenda de abertura comercial conduzida pelo governo.
“A exportação brasileira está crescendo. Abrimos muitos mercados neste ano e a tendência é seguir avançando”, afirmou.
Ele lembrou ainda que, na próxima segunda-feira, será inaugurado em Brasília o novo prédio da Apex, que deixará de pagar aluguel e passará a operar em sede própria. Durante o evento, o governo celebrará a abertura de 500 novos mercados para produtos brasileiros. “A Apex terá uma nova sede e vamos comemorar a abertura de 500 mercados. Isso mostra o quanto o Brasil está ampliando sua presença internacional”, concluiu.
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